No último dia 24, médicas residentes do Hospital da Polícia Militar de Natal participaram de reunião em Brasília, no Ministério da Educação, para debater problemas no ensino e o atraso das bolsas de estudos. Participaram representantes do MEC, AMB, e da Comissão Nacional de Residência Médica.

As estudantes denunciam o atraso de quatro meses no pagamento das bolsas e falta de fonte pagadora para solucionar a questão. Outros problemas na residência são a falta de preceptores no turno vespertino, ficando os estudantes sozinhos no plantão e sem o auxílio acadêmico obrigatório, além de não existirem reuniões teóricas-práticas, seminários, discussões de casos clínicos e de artigos, nem rodarem em seis áreas básicas: pneumo, onco, reumato, psiquiatria, geriatria e neuro.

A denúncia das estudantes foi acatada e a Comissão Nacional de Residência Médica encaminhará e-mail para a Comissão Estadual cobrando o relatório da visita realizada no dia 06 de junho e, em seguida, notificará a instituição para que em até 10 dias todas as irregularidades sejam corrigidas.

Na possibilidade da não regularização, a Residência do Hospital da Polícia pode ser fechada e os estudantes transferidos para outras instituições.

Com relação aos pagamentos, ainda não existe uma definição. Em reunião realizada no Gabinete Civil do Estado, dia 22, a chefe do Gabinete, Tatiana Mende, informou que a Secretaria Estadual de Saúde deve abrir um processo para passar a ser a fonte pagadora, mas sem previsão de início. Já os atrasados são de responsabilidade do Hospital, que também ainda não tem data para fazer o repasse para os residentes.