13/04/2015
13/04/2015
O segundo ato contra o governo federal, chamado Impeachment Já, foi marcado para este domingo, às 14h, em frente ao shopping Midway. Logo no inicio da concentração, apenas os ambulantes faziam presença, e estavam pessimistas quanto à quantidade de pessoas e às vendas para esse protesto.
De acordo com o senhor Gilson, vendedor de bonés, camisetas e outras variedades, a manifestação não rendeu tanto quanto a que aconteceu no dia 15 de março. “As vendas não estão boas, a essa altura do campeonato, eu já tinha vendido muito na manifestação anterior”, disse.
Em frente à Associação Médica do RN aconteceu outra concentração. O senador José Agripino Maia (DEM), vestindo camiseta pedindo um basta na corrupção, marcou presença rápida no protesto passando pela associação médica. Segundo sua assessoria, Agripino tinha um voo para Brasília e não pode acompanhar a caminhada.
O deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM) também compareceu ao ato e defendeu que é preciso manter acesa a chama da resistência democrática por um processo de depuração da política brasileira. “Estamos estarrecidos e perplexos com o desmando do Governo do PT e com a leniência por parte dos presidentes da república do PT em conviver de forma tolerante com a corrupção. Não há uma decisão de afastamento dessas pessoas que estão solapando os recursos do povo brasileiro”, disse Getúlio.
Por volta das 16h, a concentração da Associação Médica se uniu a concentração realizada em frente ao shopping Midway. A redução no número de pessoas nas manifestações foi marcante, não só no Rio Grande do Norte como em todo Brasil, mas para o presidente do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed), Geraldo Ferreira, isso não foi motivo de desestímulo.
“Embora haja queda na participação, isso não é motivo para desestímulo, é preciso impedir que essa corrupção continue. Se não conseguirmos tirar Dilma pelo impeachment, vamos tirar pelo voto”, disse Geraldo.
Para dar maior segurança, a Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) bloqueou temporariamente as vias que davam acesso a Avenida Salgado Filho, e as equipes acompanharam de perto todo o percurso.
A segurança contou com um grande aparato policial, semelhante ao ocorrido nas manifestações do mês de março. Um efetivo de 650 agentes públicos, entre profissionais de segurança, trânsito e saúde, está disponibilizado pelos governos Federal, Estadual e Municipal, especialmente, para o evento.
A Polícia Civil montou uma Delegacia Móvel completa na Avenida Amintas Barros com a Avenida Salgado Filho. Foram disponibilizadas equipes extras da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deicor), com funcionamento normal das delegacias de plantão Zona Norte e Sul. A Polícia Militar e os Bombeiros contaram com diversas unidades operacionais distribuídas em pontos estratégicos do percurso.
O ato seguiu pacificamente até o seu ponto final, e não houve registro de ocorrências. O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública do estado (CIOSP) divulgou que o público estimado, com base nas imagens e cálculo de área, foi de cerca de cinco mil pessoas, no momento de pico.