29/11/2013
29/11/2013
Diante desse quadro, apesar das cirurgias eletivas serem de responsabilidade dos municípios, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) retornou nesta quinta-feira (28), o mutirão para as cirurgias ortopédicas.
A ortopedia tem sido, nos últimos meses, a grande responsável pela superlotação dos principais hospitais da rede pública de saúde, como o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, o Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim e Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró. Atualmente, há 228 pacientes na fila de espera por uma cirurgia eletiva, sendo 104 no Tarcísio Maia, 60 no Deoclécio Marques e 64 no Hospital Walfredo Gurgel. Diante desse quadro, apesar das cirurgias eletivas serem de responsabilidade dos municípios, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) retornou nesta quinta-feira (28), o mutirão para as cirurgias ortopédicas.
Na manhã desta quinta-feira, seis pacientes que aguardavam com fratura de fêmur no Walfredo Gurgel já foram transferidos para o Hospital Memorial em Natal e à tarde mais quatro serão encaminhados. Hoje (29) está prevista a transferência de mais 10 pacientes do Walfredo Gurgel para o Hospital Memorial. Ao todo, o estado investirá pouco mais de R$ 1 milhão na contratação de 371 procedimentos cirúrgicos.
Para prestação desse serviço, a secretaria renovou contrato com a Clínica Paulo Gurgel, com o Hospital Memorial e o Médico Cirúrgico. É a segunda vez neste ano que a Sesap adota essa medida emergencial para desafogar os hospitais regionais. O primeiro mutirão aconteceu no período de agosto a outubro e em apenas dois meses chegou a atender mais de 300 pessoas, conseguindo zerar a fila inicial de espera antes do prazo previsto de três meses. Desde então, o corredor de ortopedia do Pronto Socorro Clóvis Sarinho, que normalmente contava com mais de 30 macas, está vazio. No entanto, no Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, a situação é mais complicada. Além dos corredores, as enfermarias estão repletas de pacientes a espera de cirurgia ortopédica. Espera, que em alguns casos, chega há vários meses.
Segundo o secretário Luiz Roberto Fonseca, “o mutirão se torna necessário em função das dificuldades pelas quais passa o município de Natal atualmente, a quem caberia oferecer esse serviço por ter gestão plena. Com isso, os usuários que precisam passar por esse tipo de cirurgia acabam se acumulando nas unidades da rede estadual de saúde enquanto aguardam pelo procedimento”. Para o secretário Luiz Roberto Fonseca, o mutirão realizado nos meses de agosto e setembro ocorreu conforme o planejado e garantiu “uma expressiva diminuição da quantidade de pessoas nos corredores, melhorando, assim, a assistência à população”.
O período da nova contratação será de 90 dias, de acordo com a Lei 8.666/93, quando serão realizados procedimentos cirúrgicos de trauma-ortopedia de média e alta complexidade. Será um investimento de cerca de R$ 1,078 milhão, que são oriundos do Orçamento Geral do Estado (OGE) e de recursos federais do Sistema Único da Saúde (SUS).