Assembleia com médicos de Natal acontece amanhã, 5/4

04/04/2011

Assembleia com médicos de Natal acontece amanhã, 5/4

04/04/2011

Amanhã, 5/4, às 19h, acontece uma nova assembleia geral com os médicos de Natal, na sede do Sinmed. A assembleia foi agendada na semana passada, durante uma reunião da categoria, para avaliar o posicionamento da prefeitura do município com relação às reivindicações feitas pela classe médica.

De acordo com os médicos, dependendo das respostas apresentadas, pode ser definido um indicativo de greve.


Assembleia do dia 29/03

Durante a assembleia os médicos expuseram a situação mais critica para o momento: o desabastecimento geral das unidades de atendimento do município. Segundo uma médica da maternidade das quintas, que preferiu não se identificar, falta de tudo. “É um absurdo faltam os medicamentos básicos, coletor,gase, fio, água para os pacientes. Chegamos ao ponto em que a paciente tem que vir de casa com os anestésicos na mão para fazer uma cesárea”, relata a médica insatisfeita com a situação.

Este e outros relatos sobre o desabastecimento foram muito comuns na assembleia. Diversos médicos contaram da dificuldade em prescrever medicamentos, pela falta de receituários e sobre a dificuldade de contato com o Samu, em casos de emergência, pois há meses os telefones estão cortados.

Ponto eletrônico x caos na saúde

A situação alarmante da prefeitura de Natal não é desconhecida, já foi inclusive tema de discussão em audiência pública na Câmera dos Vereadores, porém até aqui a situação continua a mesma. Diante de um verdadeiro caos como esse, os médicos questionam o posicionamento da prefeitura em investir e instalar pontos eletrônicos para o controle os funcionários.

Para os médicos o ponto eletrônico é um instrumento que não mede produtividade, nem muito menos a qualidade e eficiência do trabalho. E com o desabastecimento e falta de infra-estrutura atual, além dos salários ainda insatisfatórios para a classe, é inviável cobrar dos médicos o cumprimento de seu horário integral. “Isso está se tornando uma verdadeira perseguição aos médicos. Não há se quer espaço físico nas unidades de atendimento da prefeitura para que os médicos atendam simultaneamente, a prefeitura quer cobrar o que do médico? Quem está em falta não somos nós”, desabafa o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira.

Vale lembrar que apesar do aumento alcançado em 2010 com a sanção do PCCV os médicos de Natal têm como parâmetro o piso salarial da FENAM (Federação Nacional dos Médicos), que equivale a R$9.188,22 para uma jornada de 20 horas semanais de trabalho.

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