10/09/2013
10/09/2013
Em última assembleia, realizada no Paraguai, a Confederação Médica Latinoamericana e do Caribe (CONFEMEL) divulgou uma moção de apoio aos médicos brasileiros. A ação se deve à repercussão do Programa Mais Médicos, levada pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM), com o tema "Migrações Médicas" para o encontro que aconteceu no dia 30 de agosto. Os representantes da entidade denunciaram a crise da saúde vivida pelo Brasil e os problemas que a categoria enfrenta com a edição da MP 621/2013.
A ausência dos direitos trabalhistas em uma relação com remuneração por bolsa e a não aplicação do Revalida para comprovar a competência do atendimento à população são os principais questionamentos da FENAM. Além disso, também é questionada a ação improvisada e a curto prazo do governo, quando na verdade, deveria investir em estrutura adequada para proporcionar o exercício de uma medicina de qualidade que a população merece em todos os cantos do país.
Para a CONFEMEL, a crise do Brasil é semelhante à de outros países e se espalha pela região na forma de sucateamento da rede, políticas precárias de recursos humanos e subfinanciamento do sistema. A moção instrui à sociedade brasileira a denunciar qualquer tentativa de assistência com caráter duvidoso e também a recorrer a órgãos internacionais para apontar alguma forma de trabalho forçado e principalmente análogo ao escravo.
Para o secretário de relações trabalhistas da FENAM, Eduardo Santana, o qual é o representante do Brasil na diretoria executiva da CONFEMEL no cargo de secretário geral, a AGE abordará assuntos de grande relevância para formar um consenso entre os países membros. "Acredito que os temas abordados serão transformados em seminários e encontros específicos para o aprofundamento das questões. Estou convencido que vamos chamar organismos internacionais para estarem envolvidos".
Além de Santana, o grupo da FENAM foi formado pelo presidente da entidade, Geraldo Ferreira; o vice-presidente Otto Baptista; o secretário de assuntos jurídicos, Vânio Lisboa e o de direitos humanos, discriminação e gênero, José Roberto Cardoso Murisset.