Em nota enviada à imprensa, a diretoria administrativa da Clínica de Anestesiologia de Mossoró Ltda. (CAM) informou que, após pacíficas rodadas de negociações, foi assinado juntamente com a prefeitura um aditivo contratual para prestação de serviços médicos, que terá duração de um ano, após Publicação no Jornal Oficial do Município (JOM), que se destina ao atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) na rede credenciada: Casa de Saúde Dix-sept Rosado, Centro de Oncologia e Hospital Wilson Rosado.

Com isso, a nota informou que “fica definitivamente excluído o Hospital Regional Tarcísio Maia, para efeito de realização de anestesia para cirurgia eletiva, independentemente do tipo de especialidade”.

O médico anestesiologista Ronaldo Fixina explicou que no caso do Tarcísio Maia, o perfil do hospital é de urgência e emergência, e que fazer cirurgias eletivas é improvável. “É como foi o caso das cirurgias de ortopedia. Lá não tem vaga para a internação, pois já se tornou um hospital pequeno para a demanda”, explicou.

Para ele, a rede privada conveniada deveria dar essa assistência. “O Wilson Rosado e a Casa de Saúde Dix-sept Rosado são os únicos particulares que atendem pelo SUS, deveria haver um incentivo igual para ambos através do SUS, que tem a tabela através do gestor de saúde local”, continuou Fixina.

A nota enviada pelos anestesiologistas citou ainda que “aproximadamente 150 cirurgias eletivas deixaram de ser realizadas neste período de paralisação, todavia, o gestor do SUS local e a Clínica de Anestesiologia têm a intenção de num curto período de tempo atender toda a demanda, alertando apenas, que tudo depende de uma programação de cirurgias e das condições técnicas disponibilizadas pelos hospitais, uma vez que o número de cirurgia será grande. Em momento algum existiu omissão no tocante à exigência de adequação de material e equipamento para a boa prática médica e maior segurança para os pacientes anestesiados”.

O médico Ronaldo Fixina ressaltou que em Mossoró há ortopedistas com condições técnicas de realizar cirurgias, inclusive de coluna. “Os pacientes poderiam ser operados em Mossoró, sem ter que se deslocar para outras cidades, inclusive de menor porte. Nós escutamos os gestores afirmarem que têm dificuldades para dar assistência à população, mas vemos os pacientes serem atendidos em municípios de menor porte. Fica paradoxal. Não deveria ter essa pactuação com os municípios. Devia ter mais valorização do trabalho médico”, continuou.

Fixina explicou ainda que o contrato foi assinado com o gestor da Saúde, já que a CAM trabalha em contrato com a prefeitura de Mossoró até julho de 2012, que por lei tem que dar assistência. “Alertamos ainda à população de que os anestesiologistas não vão fazer mutirão de atendimento. Isso é um desrespeito”, concluiu.