13/05/2016
13/05/2016
Quem ler a Revolução de 1989, de Victor Sebestyen, que relata a queda dos regimes comunistas do leste Europeu, em série, como um dominó, há de entender primeiro como se formou essa rede de quase monopólio do pensamento esquerdista na América Bolivariana, que englobou Venezuela, Argentina, Brasil, Bolívia, Equador e outros. Segundo, sua queda.
O mecanismo de formação foi, como nos idos da segunda guerra até 1989, a oferta de uma utopia de uma vida igualitária, cujo preço cobrado foi a perda da liberdade, que viria com o controle da imprensa, o domínio do legislativo e do judiciário, o silêncio dos adversários, o suborno, a corrupção, a distribuição de privilégios, a fraude eleitoral, a mentira, a difamação e a desonra pública de quem confrontasse a ordem estabelecida. Por fim, já firmes e sentindo-se inabaláveis, sobreveio aos donos do poder o enriquecimento nababesco para si e seus protegidos.
Na queda, mostrou-se a fragilidade que está na base desses regimes, porque se a enganação e a mentira se sustentam e servem para manipular durante um certo tempo um povo ou uma nação, há que se ver que, por mais que se tente transmudar a realidade, há coisas que não se mudam, como a verdade, que existe em si, sem ser uma empulhação nem um relativismo, o real, que é concreto e palpável, mesmo com a fantasia do marketing e das falsificações, e o desejo do certo e do bom, que se não existissem dando sentido ético à vida, não se teria desenvolvido a civilização humana.
O que promoveu a formação desses blocos comunistas e Bolivarianos no leste europeu ou na América do Sul, promoveu também sua ruína e sua queda. Nada de novo sobre a terra.
Mas na queda de Dilma Roussef consolida-se o que paulatinamente se revelava na população brasileira que ia às ruas em manifestações, o Brasil é um país da cultura, dos costumes e da tradição ocidental. A agressão sistemática à toda história nacional e a substituição do que somos por uma reescrita dessa história, mais dia menos dia se transformaria em farsa.
O PT foi sempre o partido da aparência, da forma e do marketing. Apoiado numa rede midiática financiada com verbas públicas ou comprada descaradamente, estabeleceu-se um domínio quase completo da comunicação, com a supremacia da estética Petista de símbolos, slogans, imagens e sentido novo para palavras. Era a velha forma Gramsciana de subverter os sentidos, a ponto de criar uma confusão tão grande, onde a única verdade seria a oficial, vinda dos donos do poder.
Com a queda de Dilma, muda o Brasil. E o Brasil, que financiou durante os anos de fartura do governo Lula a implantação e manutenção desses regimes Bolivarianos e ditatoriais, deixando de aproveitar os bons ventos para fortalecer a infraestrutura do país e promover o grande salto de desenvolvimento humano para o nosso povo, tem agora a destinação de sinalizar sua derrocada.
A ebulição que ocorre na Venezuela, Bolívia e Equador, além dos ventos que já varreram Cristina Kirschner da Argentina, dizem que, com a queda dos Bolivarianos, estamos repetindo aqui, na América, o que foi o ano 1989 para o leste europeu.
Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN