A Cultura do Repúdio e o ataque à Cultura ocidental

29/02/2016

A Cultura do Repúdio e o ataque à Cultura ocidental

29/02/2016

Editorial

A rica herança judaico cristã que formou as bases da civilização ocidental está sob ataque, vista por seus adversários como mero imperialismo cultural. Se a ordem legal e as instituições políticas nos transmitem a mensagem de que é correto ser o que somos, então, pensam esses adversários, é preciso solapar as bases culturais para, eliminando essas lealdades, surgir a bondosa defesa da inclusão que disfarça a vontade de repudiar o legado cultural que nos define.
Aferrados ao que dizia Nietzsche sobre não haver verdades, mas somente interpretações, tenta-se criar uma cultura de desprezo à verdade substituída pela mera opinião e vontade de acreditar, surgem então crenças e ideologias não testadas e à parte de qualquer teoria bem sucedida, que precisaria ter prognósticos verdadeiros.
Temos uma exigência sobre o nosso padrão de arte, literatura e cultura, fruto da longa evolução e aperfeiçoamento, que não exigimos de nenhuma outra civilização. Enfrentamos, dos adversários, implacável policiamento ao espírito livre, à linguagem, à livre investigação que se vê repudiada por qualquer resultado que não se encaixe nos códigos ideológicos do politicamente correto e da cultura do repúdio, que tenta miseravelmente tornar ilegítima a civilização ocidental, cujo estudo tem a única função de desconstruí-la.
Todas as críticas à cultura ocidental são a prova do crédito a seu favor, é graças à sua moralidade universal que a igualdade racial e sexual tem em nós o apelo ao bom senso, e é graças à sua concepção que o uso da razão, a investigação filosófica, a busca do belo, do bom e do verdadeiro são exigências que nos fazemos, e que gostaríamos de ver nos outros. A verdade, o valor ou o significado não são fantasias, são coisas que amamos e sentimos como nossas. Se essas lealdades morrerem, também morre o sentido de comunidade e civilização. É com a defesa e manutenção dos costumes, das tradições, de nossa história, herança e cultura comum que contamos para ter segurança, prosperidade e liberdade de existir.
Obs. Artigo construído com conceitos do filósofo político inglês Roger Scruton.

Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN
 

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