O diretor do Sindicato dos Vigilantes do RN (Sindsegur), Francisco Benedito reclamou da falta de posicionamento aos funcionários por parte da empresa Garra Vigilância, contratada pela Sesap, sobre a falta do pagamento. “A empresa, em momento nenhum, deu explicação ao sindicato. Enquanto ela não cumprir todos os seus compromissos com os vigilantes e pagar os salários referentes ao mês de dezembro e décimo terceiro, além de férias atrasadas ainda de setembro, não vamos sair da greve”, explicou.
A diretoria do sindicato apontou que, atualmente, 685 vigilantes estão contratados pela Garra, e fazem a segurança dos hospitais do Estado. Com a greve, apenas 30% está nos postos de trabalho, cumprindo a lei de greve. No Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior do Estado, dos 30 profissionais que fazem a segurança do local, nove estão atendendo a estrutura. Os demais vigilantes atuam nos hospitais Santa Catarina, Maria Alice, na zona norte de Natal, Hospital Giselda Trigueiro, nas Quintas e demais unidades de saúde do Estado em Natal e interior.
O diretor do Sindsegur, Francisco Benedito, ainda afirmou que a dívida da empresa com os funcionários é de aproximadamente R$ 1 milhão. Francisco disse que o sindicato pediu na justiça o bloqueio das contas da Garra ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Samu
Outra categoria que alegava a falta de pagamento aos funcionários, era a dos motoristas de ambulâncias do SAMU metropolitano. O diretor do Sindicato dos Condutores de Ambulância (Sindconam-RN), Wanderson Pires, afirmou que o atraso no pagamento de salário é recorrente. Para a categoria, a empresa JMT – terceirizada responsável pela contratação e gestão dos motoristas – disse que o atraso se devia a falta de repasse por parte da Sesap, na ordem de R$ 2 milhões, referentes a três meses de serviço. “Ontem foi feito um dos pagamentos, mesmo assim, os atrasos são recorrentes. Para o próximo mês, a empresa não garantiu que o pagamento será feito dentro do prazo”, disse Wanderson.
Por meio de nota, a Sesap disse que o pagamento das empresas terceirizadas estava dentro do prazo legal. “A Coordenadoria de Orçamento e Finanças (COF) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) esclarece que a Lei 8.666/1993, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, estabelece um prazo de 90 dias para os repasses às empresas contratadas. Portanto, os contratos entre a Sesap e as empresas terceirizadas prevêem este prazo e os pagamentos estão dentro do estabelecido em lei”.
Magnus NascimentoDos 30 vigilantes que atuam no HWG, nove estão trabalhando