Nesta terça-feira (11), o Sindsaúde se reuniu na sede do Sinmed, junto com outros sindicatos: Soern, Sinttar, Sinfarn, Sinpol, Sinai e a Fundac, para discutir uma possível greve geral, diante do ataque sofrido com o corte na gratificação de insalubridade e adicional noturno dos servidores que se aposentaram a partir de julho do ano passado.
O corte é fruto de decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), que decidiu revogar a Súmula nº 24 e cortar da aposentadoria dos servidores estaduais as gratificações tidas de natureza temporária, como insalubridade, adicional noturno e de deslocamento. Além disso, os valores que deveriam ser devolvidos aos profissionais que tiveram descontos no salário durante o tempo em que prestaram o serviço público, serão devolvidos apenas os cinco últimos anos.
Na próxima segunda-feira (17), os médicos do estado se juntarão à greve da saúde que já dura mais de dois meses. A categoria irá paralisar os atendimentos no maior hospital do estado. A paralisação terá início às 9h, em frente ao Walfredo Gurgel. Outros sindicatos da saúde que entendem que os servidores estaduais estão sendo lesados no direito de incorporar a insalubridade, também participarão do ato público.
Nesta quarta-feira (12), os servidores da saúde estadual foram até a Assembleia Legislativa cobrar dos Deputados Estaduais a realização de uma audiência pública para tratar do ataque na previdência. Na ocasião, poucos deputados estavam presentes, mesmo assim, diretores do Sindsaúde conseguiram conversar e entregar um ofício ao Líder do Governo, Fernando Mineiro (PT), e à assessoria do deputado Kelps Lima (PS), deputado este, que realizou as emendas que mudou a Constituição. Segundo Mineiro, será discutido com todos os deputados a realização da audiência. O Sindsaúde conseguiu marcar uma reunião com Kelps Lima para esta quinta (13), às 9h.
Na próxima sexta-feira (14), os servidores da saúde estadual realizarão uma assembleia para discutir a paralisação de segunda (17) e as próximas atividades da greve.