Recém inaugurado, Hospital de Natal tem mais de 30 irregularidades, diz Sindsaúde

Recém inaugurado, Hospital de Natal tem mais de 30 irregularidades, diz Sindsaúde

 

Relatório aponta mais de 30 irregularidades, entre problemas de infraestrutura, condições de trabalho e até mesmo retirada de direito dos colaboradores

Por: Redação

hospital municipal natal

Reprodução

Se depender da insatisfação dos servidores do Hospital Municipal de Natal, a unidade de saúde teria suas portas fechadas ainda hoje. Num relatório confeccionado pelo Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), são apontadas mais de 30 irregularidades, entre problemas de infraestrutura, falta de condições de trabalho e até mesmo retirada de direito dos colaboradores.

Entre os problemas de infraestrutura, o relatório salienta a inexistência de bancada de preparo de medicações na sala de medicação, além da coleta de exames laboratoriais e EGG serem feitas no mesmo espaço. Na UTI Adulta, o espaço existente é restrito a quatro leitos e a rede de gases medicinais está sem funcionar e apresenta vazamento. Além disso, falta de camas no repouso para atender ao número de servidores. No posto de medicação da urgência pediátrica não tem condições de trabalho, falta bancada e falta pia, existindo apenas um pequeno lavabo para higiene das mãos. Na cozinha, o espaço para preparo dos alimentos é reduzido com o uso de dois fogões, sendo apenas um exaustor, o que ocasiona o calor excessivo no setor.

Em relação as condições de trabalho, o relatório aponta que os funcionários da enfermagem do Pronto Socorro (PS) precisam se deslocar para pegar medicações na farmácia no andar superior. Além disso, ocorre a proibição do uso do elevador por servidores, mesmo tendo que se deslocar para pegar medicações na farmácia do andar superior. Já o laboratório encontra-se localizado em área distante do PS, e com acessibilidade através de rampa a céu aberto, ou escadas.  Por fim, a desestruturação do atendimento pediátrico com a relocação dos servidores do PS Sandra Celeste para setores diversos, ocasionou a contratação de profissionais sem experiências para o atendimento pediátrico de urgência.

O relatório aborda ainda a retirada de direitos dos servidores. Segundo o Sindsaúde-RN, houve a “proibição do repouso no turno de 12h diurnas; abertura do repouso somente no noturno na hora determinada para repousar, inviabilizando o uso dos banheiros, enquanto o repouso médico permanece aberto dia e noite”. Falta ainda local específico para guardar os pertences. Os armários existentes não oferecem segurança e falta fechadura, diz o relatório. Houve ainda a “retirada de gratificações de servidores que atuavam na urgência pediátrica devido relocarem os mesmos nas enfermarias”. O documento aponta também a existência de atos de pressão e assédio moral sobre os servidores, com ameaça de devolução para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e atos discriminatórios por parte de uma nutricionista.

 

Relatório

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