O prefeito Carlos Eduardo confirmou a representantes da classe médica na tarde desta terça-feira (6) que vai enviar para a Câmara Municipal o projeto que implementa a carreira médica no serviço público da cidade. A audiência contou com as presenças de dirigentes do Sindicato dos Médicos (Sinmed), do presidente da Câmara, vereador Franklin Capistrano, e do secretário municipal de Saúde, Luiz Roberto Fonseca. A estimativa da Prefeitura é de que até março de 2016 o plano seja implementado. Presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, definiu o projeto da Prefeitura como “um marco para a saúde pública de Natal”.
Para o prefeito, a decisão mostra que a administração municipal valoriza a categoria médica e a quer como parceira na prestação de um atendimento de qualidade à população que depende dos seus serviços. “A valorização dos médicos é uma bandeira que levantamos há muitos anos. Infelizmente, a situação financeira do Município, como a do país, não está como queríamos, mas isso não vai nos impossibilitar de enviar o projeto à Câmara para que, no início de 2016, possamos colocar em prática o plano de carreira dos médicos da rede municipal de saúde”, assegurou o chefe do Executivo municipal.
Carlos Eduardo ainda enfatizou a atenção constante da gestão com o atendimento à população. “Minha principal preocupação sempre é com o atendimento às pessoas que procuram as unidades básicas de saúde. Com este plano de carreira para os médicos, quem mais vai sair ganhando é a população que tanto precisa desses serviços”.
A implantação da carreira médica pela Prefeitura vai possibilitar outros efeitos positivos. Um deles será a diminuição do custo do Município com as cooperativas médicas. A partir do plano, também será possível constituir as equipes de Estratégia de Saúde da Família, que hoje cobrem 52% da necessidade da população. Quando as equipes estão incompletas, com lacunas de profissionais, o Município deixa de receber o financiamento do Ministério da Saúde.
O secretário municipal de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, explicou que há mais de 10 anos o SUS vem aumentando a dependência das cooperativas médicas e, consequentemente, os custos com esses contratos. “Para se ter uma noção, a Prefeitura, em 2006, pagava aproximadamente R$ 3 milhões por ano às cooperativas médicas e, hoje, está no patamar de aproximadamente R$ 84 milhões ao ano. A ideia agora é que possamos, através deste plano, reverter estes valores para o pagamento mais proporcional dos médicos do Município, estimulando ainda mais estes profissionais que há tantos anos lutam por melhorias salariais”, explicou o titular da SMS.