Ortopedistas do Deoclécio Marques suspendem atendimento por falta de pagamento

Ortopedistas do Deoclécio Marques suspendem atendimento por falta de pagamento

 

Segundo Coopmed, Governo do Estado deve R$ 1,2 milhão aos ortopedistas


Por Hana Dourado

 
Governo deve R$ 1,2 milhões aos ortopedistas do Deoclécio Maques
Governo deve R$ 1,2 milhões aos ortopedistas do Deoclécio Maques

Sem receber os salários dos últimos três meses, os médicos ortopedistas do Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, interromperam nesta terça-feira (15), o atendimento à população.

Segundo a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte, o Governo do Estado tem um débito de R$ 1,2 milhão apenas com os ortopedistas do hospital em Parnamirm. Segundo a direção da Coopmed, a dívida geral do Executivo Estadual já chegou aos R$ 5 milhões.

“Infelizmente o Governo não tem conseguido honrar com seus compromissos. Essa paralisação foi definida em assembleia, na semana passada, após os ortopedistas ficarem sem receber os meses de setembro, outubro e novembro”, contou o diretor da Coopmed, Julimar Nogueira.

De acordo com Nogueira, o Governo não manifestou qualquer previsão quanto ao pagamento. No entanto, o diretor da Coopmed afirmou que a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) está articulando uma reunião para traçar um projeto para solucionar a dívida com os médicos. A previsão é de que a categoria se reúna com o secretário de Saúde, Ricardo Lagreca, nesta quarta-feira ou quinta-feira.

Walfredo Gurgel

Serviços médicos do Walfredo Gurgel podem ser suspensos (Foto: Wellington Rocha)
Serviços médicos do Walfredo Gurgel podem ser suspensos (Foto: Wellington Rocha)

A falta de pagamento aos médicos da Coopmed pode interferir no atendimento no maior hospital público do Rio Grande do Norte. De acordo com Julimar Nogueira, o Governo do Estado está com um débito de dois meses em relação aos serviços prestados no Hospital Walfredo Gurgel.

Sem pagamento, os médicos que atuam na ortopedia, cirurgia geral, clínica médica e no setor de recuperação pós-anestésica, poderão suspender o atendimento à população em janeiro de 2016.

“Nós não queremos ficar sem atender a população. Mas já estamos com três/quatro meses de salários atrasados. Queremos atender a população, mas também precisamos pagar contas. O Governo precisa procurar uma solução para esse problema”, disse, Julimar Nogueira.

Sesap aguarda repasses

Por meio da assessoria de comunicação, a Sesap informou ao portalnoar.com que os valores devidos aos médicos da Coopmed serão pagos após a Secretaria Estadual de Planejamento liberar os recursos destinados a cooperativa. Ainda de acordo com a Sesap, a solicitação para a liberação dos recursos já foi realizada, no entanto não há previsão de quando o dinheiro será liberado.

 

Atualizado em 15 de dezembro às 09:24

whatsapp button