Novo boletim aponta 181 casos suspeitos de microcefalia ligada ao Zika vírus no RN

Novo boletim aponta 181 casos suspeitos de microcefalia ligada ao Zika vírus no RN

 Novo informe epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira (12), indica 181 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika no Rio Grande do Norte desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) até 9 de janeiro deste ano. Já são 12 óbitos suspeitos no estado e ocorrências registradas em 48 municípios.



Em todo o Brasil, são 3.530 casos, em 724 municípios de 21 unidades da federação. Também estão em investigação 46 óbitos de bebês com microcefalia possivelmente relacionados ao vírus Zika, todos na região Nordeste.

Emanuel AmaralEm todo o Brasil, são 3.530 casos, em 724 municípios de 21 unidades da federaçãoEm todo o Brasil, são 3.530 casos, em 724 municípios de 21 unidades da federação



O estado de Pernambuco, o primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).

O boletim também traz os resultados da investigação laboratorial de quatro casos de óbitos, ocorridos no Rio Grande do Norte, com malformação congênita, que tiveram a relação com o vírus Zika confirmados. Esses casos estavam sendo investigados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), que enviou os resultados ao Ministério da Saúde.



Dois desses casos são abortamentos e dois recém-nascidos a termo (37 a 42 semanas de gestação) que faleceram  nas primeiras 24 horas de vida. As amostras foram positivas no teste laboratorial de PCR para vírus Zika. Além disso, as amostras de tecido de ambos os recém-nascidos foram positivas no teste de imunohistoquímica, realizada pelo CDC.



Segundo as investigações clínico-epidemiológica realizadas anteriormente pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), todas as quatro gestantes apresentaram febre e exantemas durante e gestação. Esses resultados somam-se às demais evidências obtidas em 2015 e reforçam a hipótese de relação entre a infecção pelo vírus Zika e a ocorrência de microcefalia e outras malformações congênitas. No entanto, o Ministério reforça a necessidade de prosseguimento das investigações e pesquisas da alteração do número de microcefalias e outras malformações em decorrência de processos infecciosos.

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