Militares estimam que 15 mil pessoas acompanharam desfile de 7 de Setembro em Natal

Militares estimam que 15 mil pessoas acompanharam desfile de 7 de Setembro em Natal

 O desfile cívico-militar em comemoração ao Dia da Independência, em Natal, reuniu milhares de pessoas na praça Pedro Velho (Praça Cívica), na manhã desta segunda-feira (8). De acordo com a organização do desfile, aproximadamente 15 mil pessoas acompanharam a movimentação, que ocorreu na avenida Prudente de Morais. Não foram registrados incidentes.

Alex RégisPopulação chegou cedo para acompanhar desfile de 7 de setembroPopulação chegou cedo para acompanhar desfile de 7 de setembro



Contando com a presença do prefeito de Natal, Carlos Eduardo, e do governador Robinson Faria, os festejos tiveram os desfiles de tropas do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de representantes das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal de Natal, Secretaria de Mobilidade Urbana, além de escolas e grupos de escoteiros.



Ao todo, o tráfego na região ficou parado das 7h até as 11h, quando foi encerrado oficialmente o desfile e os fiscais de trânsito iniciaram a liberação das vias.



Curiosidade



A maioria das pessoas que foram ao desfile tem o costume de participar dos festejos de 7 de Setembro, É o caso do taxista Joel Nunes de Oliveira, de 61 anos,  e do seu filho Aldo Nunes de Oliveira de 11 anos. Joel sempre vai matar a saudades dos seis anos que passou como militar do Exército Brasileiro no início da sua vida adulta.

Alex RégisDesfile contou com participação de natalenses de todas as idadesDesfile contou com participação de natalenses de todas as idades



Boa parte da família dele é de militares da Polícia Militar. Seguindo a herança de família, o filho Aldo também quer vestir farda. "É muito interessante a polícia e o Bope. Quando crescer, quero ser do Bope", declarou a criança.



Porém, apreciar o desfile da independência é um desafio. Além de chegar cedo para garantir um bom lugar, é preciso precisa suportar o sol forte, quando não se encontra um lugar à sombra, e manter-se de pé por três horas. Para quem tem a mobilidade reduzida tudo isso é quase impossível. 

Manifestantes da Saúde levaram faixas para local do desfile – Foto:Alex Régis



Ivanaldo Adelino de Oliveira, de 37 anos, é cadeirante há 9 anos e hoje resolveu ir com a sua mulher para a parada cívica. "Eles [os militares da organização] falaram que quando fechasse a grade ia me colocar pra dentro pra eu poder ver, mas acabaram não me colocando. Aqui não existe acesso pra cadeirante de forma alguma. Eles deveriam olhar com mais carinho e atenção pra gente, devia ter um local específico", comentou. 



Protestos



Além do desfile entidades civis das forças militares, houve mobilização de servidores estaduais da Saúde do Rio Grande do Norte e coleta de assinaturas para agilizar o processo judiciais em caso de corrupção. O Sindicatos dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), Sindicato dos Médicos (Sinmed/RN) e Sindicato dos Odontólogos (Soern) foram protestar próximo ao palanque das autoridades.



“A maior parte da nossa pauta de reivindicações não foi atendida, a saúde continua um caos e viemos aqui hoje expor essa situação para a população”, disse Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde/RN. Os outros dois sindicatos aderiram ao movimento depois que o Executivo, por força judicial, retirou adicionais dos médicos e odontólogos do Estado.

Alex RégisManifestantes da Saúde levaram faixas para local do desfileManifestantes da Saúde levaram faixas para local do desfile



Prestes a completar 90 dias em greve, a líder sindical falou que  a manifestação tinha também o objetivo de mostrar que o país vivia numa falsa democracia e que ainda dependia do grande capital estrangeiro. Não houve conflito entre os manifestantes e os militares.



O movimento Força Democrática de Natal também esteve nas proximidades da Praça Cívica durante a manhã de hoje. O grupo recolhia assinaturas para uma projeto que pretende mudar a legislação. 



"Fizemos a coleta de assinaturas para um projeto do Ministério Público Federal com dez medidas para alterar o código penal e o código de processo penal e dar mais agilidade aos processos relacionados aos crimes de corrupção e colarinho branco", explicou Arthur Dutra, advogado e um dos integrantes do movimento. Segundo ele, foi possível recolher 200 assinaturas durante o desfile. 

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