Em assembleia do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed RN), realizada nesta terça-feira (11/8), os médicos do estado decidiram pela paralisação dos atendimentos a partir da próxima segunda-feira, dia 17, juntando-se a greve do Sindsaúde.
Greve Geral
Em reunião realizada ontem a tarde no Sinmed RN, onde participaram os sindicatos Sindsaúde, Soern, Sinttar, Sinfarn, Sinpol, Sinai e a Fundac, foi anunciado no estado uma grande greve geral de todas as categorias afetadas pelo corte na gratificação de insalubridade e adicional noturno.
Cada sindicato realizará uma assembleia com a categoria para votar a paralisação, mas atos conjuntos já estão sendo elaborados pra mostrar ao governo e a sociedade quão cruel é esta medida.
O primeiro ato conjunto será a manifestação no Walfredo Gurgel, na segunda-feira, 9h. Uma audiência será agendada na Assembleia Legislativa para a próxima semana também.
Na noite do dia 17, 18h, os sindicatos voltam a se reunir no Sinmed RN phara definir novas mobilizações.
O corte
O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) decidiu revogar a Súmula nº 24 e cortar da aposentadoria dos servidores estaduais as gratificações tidas como temporárias, como insalubridade, adicional noturno e de deslocamento. A decisão é aplicada aos servidores aposentado a partir de julho de 2014.
Como a previdência do estado sempre descontou sobre estes valores, o correto seria devolver para o trabalhador todo o dinheiro retirado de sua conta durante seus mais de 30 anos de contribuição.
Porém, o TCE garante apenas a devolução dos últimos cinco anos. E o servidor já sabe que terá grande prejuízo financeiro e moral. Para ter de volta o que é de direito, vai ter que entrar na justiça e sofrer enorme constrangimento após tantos anos de dedicação e contribuição para o estado.
Outro ponto questionado pelos servidores da saúde está na concepção entendida pelo Tribunal do que é transitoriedade. Pois este trabalhador se expõe durante toda a vida dentro dos hospitais e o risco de contrair doenças não é transitório. Ele é permanente e pode afetar o profissional da saúde em qualquer momento de sua vida.
Os sindicatos estão unidos e decidiram pelo enfrentamento desta decisão desumana e cruel com o trabalhador. Vários atos devem acontecer nos próximos dias, os setores jurídicos também estão trabalhando em conjunto para tentar reverter a medida e diversas ações serão colocadas em prática caso o governador não se mostre sensível ao apelo das categorias.