Médicos anestesistas do HUOL paralisam atividades nesta quinta-feira

Médicos anestesistas do HUOL paralisam atividades nesta quinta-feira

 

Profissionais exigem melhores condições de trabalho e a reposição de 16 anestesiologistas na equipe do hospital


Por Felipe Galdino

 

 

 
Foto:ALberto Leandro/PortalNoar
Geraldo Ferreira, do Sinmed, diz que HUOL tem um déficit de 16 anestesiologistas (Foto: Alberto Leandro/PortalNoar)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os anestesiologistas do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) cruzaram os braços nesta quinta-feira (4). A paralisação de 24h é um aviso à administração da unidade de saúde e à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que é a empregadora dos profissionais.

Nesta manhã, os 40 anestesistas que fazem parte da equipe do hospital fizeram um protesto em frente ao hospital. O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN), Geraldo Ferreira, conta que os profissionais querem melhores condições de trabalho. Segundo ele, atualmente há um déficit de 16 anestesistas no HUOL, o que sobrecarrega toda a equipe.

Ainda há, segundo o Sinmed, a cobrança de descontos ilegais de adicionais de insalubridade, noturno e de periculosidade. “Há uma necessidade urgente de concurso para a contratação de 16 novos profissionais”, comentou Geraldo Ferreira, que esteve presente na manifestação.

Ele diz que até janeiro deste ano a equipe era reforçada por anestesiologistas da Cooperativa de Anestesia do Rio Grande do Norte, via convênio da Prefeitura de Natal. Contudo o acordo foi extinto e a equipe diminuiu no processo. “Houve o déficit de profissionais, mas a demanda permaneceu”, disse o representante da Sinmed.

Além disso, os médicos anestesistas pedem melhores condições de trabalho. “Houve caso de o hospital dois meses sem endoscopia por falta de material de limpeza para o endoscópio. Também já houve falta de seringa, de material para exames de cirurgia cardíaca. Com isso tudo, o profissional e o paciente correm risco porque há uma pressão, quase um assédio moral das chefias para que os exames se mantenham mesmo com essas dificuldades”, relatou Ferreira.

A parada nas atividades inviabilizou cerca de 50 cirurgias eletivas no HUOL. Os profissionais só devem atender procedimentos de urgência e emergência no decorrer do dia.

Risco de novas paralisações

A paralisação desta quinta-feira pode não ser a única. De acordo com o Sinmed, uma reunião com a Procuradoria Regional do Trabalho definiu um encontro entre representantes dos anestesistas, a direção do HUOL e a Ebserh para 15 e 16 de fevereiro.

O objetivo é a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a contratação de profissionais e melhores condições de trabalho.

Geraldo Ferreira diz que ainda não houve comunicado oficial da empresa e do hospital sobre o encontro, mas ele advertiu que caso as reivindicações dos profissionais não sejam atendidas, haverá mais suspensão de atividades. “Há risco de novas paralisações caso não sejamos atendidos”, garantiu o presidente do Sinmed.

 

 

Atualizado em 4 de fevereiro às 11:56

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