Greve dos servidores da Saúde do RN completa dois meses hoje, 11
Iniciada no dia 11 de junho, a greve estadual dos servidores da saúde completa dois meses nesta terça-feira. A partir das 9h, os servidores participam de um ato público unificado com o funcionalismo federal, em frente ao Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Em seguida, eles farão um ato em frente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), protestando contra o corte dos adicionais de insalubridade e noturno das aposentadorias do Estado.
O corte está sendo feito desde janeiro deste ano pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do RN (IPERN) em todas as aposentadorias da saúde, segundo determinação do TCE.
Segundo o Sindsaúde, os adicionais são inerentes ao cargo e não deveriam ser considerados como transitórios. “Os servidores da saúde trabalharam a vida toda em ambientes insalubres, colocando a vida em risco e até recolhendo sobre este adicional. Agora, vem o TCE e diz que ele não tem direito? O Estado está cometendo uma grande injustiça, no momento em que o servidor mais precisa”, afirma Rosália Fernandes, do Sindsaúde-RN. Segundo levantamento da própria Sesap, 2.778 servidores da Saúde poderão se aposentar ainda neste ano.
A greve já contou com quatro dias de ocupação na sede do governo por reajuste salarial e garantia dos adicionais na aposentadoria foi incluída como mais um ponto da pauta. Nos dias 5 e 6, o Sindsaúde e demais sindicatos da saúde – médicos, farmacêuticos e odontologistas – foram recebidos pelo governo e pelo Ipern. Ainda nesta terça, 11, às 17h30, os sindicatos voltam a se reunir, na sede do Sinmed, para discutir ações comuns para garantir os adicionais.
O Sindsaúde critica ainda o projeto de lei de previdência complementar que está em debate na Assembleia Legislativa, e que prevê que parte dos novos servidores tenha que contribuir a mais para se aposentar.