O governador Robinson Faria foi o entrevistado no primeiro programa Bom Dia RN do ano, na manhã de hoje (4) na InterTV Cabugi, quando fez um balanço da administração durante o ano de 2015. Entre os assuntos abordados, destaque para o anúncio feito pelo gestor da intenção do Estado em adquirir um hospital privado.
“Estamos trabalhando com a possibilidade de comprar um hospital privado para abrirmos o Hospital de Traumas. Nos reunimos com o diretor do Banco Mundial em Brasília e vimos que essa é uma possibilidade bastante plausível”, disse Robinson, acrescentando que esta é uma das metas para 2016.
Sobre a utilização dos saques do Fundo Previdenciário (Funfir) para pagamento da folha de pessoal, assim como o limite prudencial, o governador mostrou expectativa de que os repasses ao Funfir possam ser feitos já este ano, a partir do incremento da economia.
“É preciso que não nos esqueçamos que começamos o governo num ano difícil. Herdamos um déficit de quase um bilhão de reais nos cofres do Governo. E eu pergunto: o governador deveria usar o Funfir para pagar seus servidores ou deixar o Estado afundar? Optei por utilizar o Fundo, concomitante com medidas que fortaleçam a economia do Estado. E com isso, conseguimos terminar o ano pagando em dia os servidores, façanha que mais da metade dos estados brasileiros não conseguiu. Esse dinheiro será devolvido. O Estado quer fomentar emprego e renda e com isso gerar receita. Medidas que vem sendo tomadas para o fortalecimento do turismo, por exemplo, tem gerado crescimento na economia. Injetamos mais de um bilhão de reais no turismo no Estado, por conta das medidas do Governo. O Rio Grande do Norte tem motivos para comemorar; estamos com a obra de saneamento de Natal, que ficará 100% saneada e garantimos esses recursos em plena crise. Somos os favoritos para sediar o Hub da TAM”, argumentou.
Outras medidas tomadas pelo Governo, apontadas por Robinson Faria, também o fazem se sentir “motivado e otimista” com relação ao ano que se inicia. O recenseamento dos servidores, bem como o senso previdenciário vão “combater anomalias” e a expectativa é que se reduza de 5 a 10% da folha de pagamento. “Com isso, o Estado ficará fora do limite prudencial e poderemos começar a fazer a recomposição desse dinheiro (Funfir)”, disse o governador.
O último tema a ser abordado foi a estiagem, que há vários anos vem castigando principalmente o interior com a falta de chuvas. O governador alegou que pretende manter as medidas que já foram sendo tomadas desde o ano passado, que vão das emergenciais às medidas que exigem médio e longo prazo, tais como perfuração de poços, construção de adutoras, interligação de bacias. “Infelizmente a questão hídrica no nosso Estado não era vista como uma política de Estado. A curto prazo, adianto que encaminhamos ao Ministério da Integração um Plano Emergencial contra a seca que prevê o repasse de R$ 300 milhões, dinheiro que será utilizado para abastecimento por carros-pipa; construção de adutoras de engate rápido e dessanilizadores; a médio e longo prazo, queremos entregar adutoras e barragens”, afirmou.