Giselda Trigueiro pode ficar sem profissionais higienização a partir de fevereiro

Giselda Trigueiro pode ficar sem profissionais higienização a partir de fevereiro

 O Hospital Giselda Trigueiro, referência em doenças infectocontagiosas e toxicológicas, pode ficar sem profissionais de higienização a partir do mês de fevereiro por falta de pagamento, situação que pode comprometer a qualidade no atendimento oferecido à população. A informação é de empresa que presta serviços ao hospital. 

Adriano AbreuSem pagamento, serviços de higienização do Giselda Trigueiro podem ser suspensosSem pagamento, serviços de higienização do Giselda Trigueiro podem ser suspensos



Os profissionais da área, que são terceirizados, estão cumprindo o aviso prévio até o dia 31 de janeiro sem saber se vão receber porque a renovação da contratação de emergência feita pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) com a Safe Locação de Mão de Obra e Serviços ainda está sem contrato vigente e aguardando um parecer da Procuradoria-geral do Estado (PGE). Sem o contrato, os funcionários serão demitidos no próximo dia 31 e a unidade ficará sem profissionais de higienização a partir de fevereiro. Sem o serviço, os riscos de infecção são aumentados e, dependendo do caso, pode comprometer o funcionamento de alguns setores da unidade.



De acordo com informações da Safe, o pagamento que deveria ter sido feito desde o dia 2 de janeiro, 15 dias após a emissão da Nota Fiscal. Mesmo assim, a Sesap prometeu realizar o pagamento até o final de janeiro. Diante da incerteza de recebimento e da insegurança jurídica, todos os funcionários foram colocados em aviso prévio. Caso o pagamento não reja realizado até o o final do mês, os funcionários serão demitidos. Atualmente, a Safe possui 39 serventes de higiene hospitalar responsáveis pela higienização do Giselda, 18 no Centro de Reabilitação Infantil (CRI) e outros 16 no Hemocentro do Rio Grande do Norte (Hemonorte).



O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem e Empregados em Hospitais (Sipern), também externou a preocupação com os empregados e com o funcionamento das unidades. "Minha grande preocupação é com os direitos dos trabalhadores. Como que vai ficar a situação desses trabalhadores? Vão ficar desempregados? Como eles vão receber o que é de direito? Mas também fica a dúvida que interfere em toda a população: como fica o funcionamento dessas unidades? A população vai deixar de ser atendida? Ou vai ser atendida em ambientes sem higienização?", indagou.



O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Norte (Cremern) foi procurado por ser o órgão responsável pela fiscalização das unidades hospitalares, mas o presidente Marcos Lima preferiu não comentar o caso e aguardar o desfecho das negociações.

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