Geraldo Ferreira: “A população não aceitará Carlos entregar a Prefeitura ao PMDB”
Presidente do Sindicato do Médicos do RN e pré-candidato a prefeito de Natal pelo PPS opina sobre cenário político natalense.
Por: Redação PN
26/02/2016
Foto: Arquivo PN | Geraldo Ferreira
O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed) e pré-candidato a prefeito de Natal pelo PPS, Geraldo Ferreira, criticou o fato de o atual prefeito, Carlos Eduardo Alves (PDT), estar se isolando politicamente de algumas legendas que o ajudaram na eleição em 2012. “O prefeito se afasta dos partidos e se articula para se reeleger em 2016 e entregar a Prefeitura ao PMDB depois. Isto a população não vai aceitar”, alfinetou, em entrevista ao programa Conexão Potiguar.
O médico se refere ao fato de Carlos estar afastado da vice-prefeita Wilma de Faria, que controlava o PSB no estado, mas que foi preterida na disputa da reeleição em relação ao PMDB de Henrique Alves, primo do atual gestor municipal; do PCdoB do vereador George Câmara; e do PPS, de Wober Júnior e Geraldo. Todos esses três partidos apoiaram Carlos em 2012.
A palavra do pré-candidato do PPS aponta que o projeto de Carlos para Natal se aproxima de um projeto de um poder familiar. Ou seja, Carlos vencendo a eleição para prefeito, renunciaria ao cargo em 2018 para ser candidato ao Governo do Estado, entregando o comando da prefeitura da capital ao PMDB, deixando a gestão municipal no comando de uma mesma família.
Nesta situação, caso Carlos conseguisse vencer a eleição para governador em 2018, a família Alves ficaria com a Prefeitura de Natal e também com o comando do Executivo estadual. Em caso de derrota, ficaria “ao menos” com a prefeitura municipal.
É claro que para disputar a sucessão do governador Robinson Faria, Carlos precisa se reeleger em 2016. Neste sentido, Geraldo Ferreira deixa um recado: “Se Wilma vier para o nosso partido, o PPS irá para o segundo turno”.