A Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN) e o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed) promoveram no RN, nesta terça-feira (27), um evento científico com médicos palestrantes, em alusão ao Fevereiro Roxo, mês de conscientização da importância do controle terapêutico de três doenças importantes que atingem a população: lúpus, fibromialgia e Alzheimer. As enfermidades são consideradas crônicas e incuráveis.
O lúpus é uma doença reumatológica, autoimune, em que o paciente apresenta a produção de anticorpos contra o próprio organismo, atingindo as articulações. No início os pacientes podem apresentar alterações na pele, devido ao agravamento da doença. O tratamento é feito com o reumatologista, que realiza o acompanhamento e faz o controle da doença. Já no caso do Alzheimer, o paciente apresenta um distúrbio da parte cognitiva, no pensamento e na memória, que acomete mais os idosos a partir dos 60 anos. O portador perde a capacidade de reconhecer e de memorizar as coisas do dia a dia.
A fibromialgia atinge a população de um modo de geral, sendo mais recorrente no sexo feminino, em 90% dos casos e 10% nos homens, na faixa etária mais frequente de 30 a 60 anos, que apresenta uma dor crônica no corpo todo. O médico Levi Jales, do Centro Clínico da Dor e Clínica Acupuntura de Natal, referência no tratamento da dor e da fibromialgia, explica que o paciente relata diversos sintomas, dentre eles uma dor difusa pelo corpo, fadiga, falta de energia, insônia e depressão.
“É muito comum o paciente com fibromialgia apresentar essa dor no corpo todo, apresentar fadiga e insônia. E fechando, mais ou menos, os quatro pilares, vamos dizer assim, da fibromialgia, para a gente suspeitar que o paciente está com fibromialgia, vem distúrbio de ansiedade e depressão. Os pacientes apresentam uma tristeza, perda de interesse e muita angústia. Uma depressão de difícil controle”, relata o médico.
“No Rio Grande do Norte, por lei, a fibromialgia hoje é considerada uma doença. Um paciente com fibromialgia é um paciente que tem uma certa limitação na qualidade de vida. E por isso, todo paciente com fibromialgia é considerado um paciente que precisa de cuidados. Por lei até. Um deficiente é considerado um paciente deficiente e que tem todos os direitos de deficiente”, reforça o médico.
O médico destaca a atuação, tanto da associação, quanto o sindicato, além da promoção do evento com várias palestras, também realizará debates com médicos e acadêmicos de medicina a respeito desta temática. Com objetivo de chamar atenção de todos para a importância dos estudos no controle do diagnóstico e do tratamento adequado dessas doenças.