Uma falta de repasse do Governo do Estado à uma empresa terceirizada seria o motivo da demissão de 15 condutores de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Metropolitano, é o que afirma o presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulâncias (Sindconam), Wanderson Pires.
Segundo o sindicalista, a empresa alegou que há três meses o governo não faz os repasses. “A JMT alegou que o motivo da demissão era exatamente pelo atraso dessa verba, mas para nós isso não justifica”. Wanderson acrescentou que “se a JMT está se sentindo prejudicada com o contrato que procure alternativas, como entrar na Justiça”, salientou.
De acordo com Wanderson Pires, o contrato que o governo tem com a JMT contempla 109 condutores. Ele destacou que a demissão desses 15 profissionais representa aproximadamente uma diminuição de 30% nesse quadro de trabalhadores, o que afetaria os serviços.
O sindicato solicitou uma mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e uma audiência com a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) para reverter às demissões. Uma assembleia será realizada próxima segunda-feira (18) para discutir o assunto.
O Nominuto.com entrou em contato com a secretaria que alegou não saber dessa informação. A equipe do portal conversou também com o Samu Metropolitano que prestou esclarecimentos sobre os supostos atrasos.
Segundo o órgão, não existe atrasos nos recursos. O que aconteceu foi um “enxugamento” dos contratos diante de uma recomendação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
O Samu explicou que não houve demissões. Ainda de acordo com o Samu, existia um contrato até o dia 10 de janeiro com a empresa que contemplava 25 condutores. No entanto, foi necessário reduzir o número de motoristas no novo contrato devido às economias que o governo está fazendo.
O Samu afirmou que os serviços não foram afetados e que todas as ambulâncias estarão cobertas com o número essencial de condutores.
Sobre os 15 condutores desligados, o Samu disse que solicitou a realocação desses profissionais em outras instituições.
O Nominuto também ligou para a JMT para constatar as informações prestadas pelo Sindicato, mas a empresa não se manifestou sobre o caso alegando que o gerente não estava no local para falar sobre o assunto.