É “preocupante” o número de crianças nascidas com microcefalia no Rio Grande do Norte nos últimos três meses. Trinta casos foram registrados desde agosto, enquanto normalmente a média é de dois casos por ano. O secretário estadual de saúde pública, Ricardo Lagreca, reuniu a imprensa na tarde desta quinta-feira (12) para tratar do assunto.

A anomalia é uma má formação congênita, em que o cérebro do feto não se desenvolve de maneira adequada, nascendo com perímetro cefálico (PC) menor que 33 cm.

A principal suspeita é de que os casos estejam relacionados à contaminação pelo zica vírus durante a gestação. A doença tem sintomas semelhantes à dengue e à chikungunya, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Sem confirmação, ainda não se sabe se a anomalia é decorrência do próprio vírus ou do uso de medicamentos usados para o tratamento dos sintomas causados pela doença.

“Ainda não se sabe a causa, mas há suspeitas fortíssimas. Não tem nada de contágio, entretanto precisa ser enfrentada”, disse o secretário.

Na quarta-feira (11), o Ministério da Saúde declarou estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional devido ao número de casos no Rio Grande do Norte, Sergipe, com 49 confirmações, Paraíba, com nove, e, principalmente Recife, que registrou 141 casos.