
O impedimento da viagem foi um pedido do Ministério Público Estadual como medida cautelar para não atrapalhar o andamento do processo. “Se a iminente viagem do suspeito se concretizar, os delitos por ele praticados não terão qualquer resposta penal”, alegou o MPRN. Além da medida que proíbe a viagem, a defesa de Guilherme também pediu a substituição das medidas que determinavam que ele se apresentasse mensalmente à Justiça e não deixasse a comarca onde reside por mais de sete dias.
Na semana passada, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as agressões e outros possíveis crimes cometidos por ele. De acordo com o promotor Sidarta John, responsável pela Promotoria de Justiça de Goianinha e autor do ofício requisitório para abertura do inquérito policial, além de lesão corporal e desacato a servidor público em exercício da função, o acusado pode ter cometido, por exemplo, constrangimento ilegal, mais de um desacato ou mesmo ter causado danos ao patrimônio público, o que agravaria sua punição. Outro ponto que será observado durante a investigação é o tipo de lesão corporal causada, se leve ou grave.
O caso
O médico Antônio Andrade foi agredido a chutes e socos na noite da última sexta-feira (4) na unidade básica de saúde de Tibau do Sul. Segundo o Ministério Público, Guilherme Mendes de Faria chegou no posto médico “embriagado, perturbado e agressivo, chegando a esmurrar uma parede, exigindo atendimento médico de urgência”.
Quando a vítima foi explicar que ele teria que aguardar enquanto ele realizava um procedimento médico, acabou agredido. Mesmo no chão, o agressor continuou a bater no profissional. Como não havia segurança no local, foram amigos do agressor que o seguraram, mas não evitaram que o médico ficasse com um ferimento aberto sobre o olho esquerdo.
A ação foi filmada por funcionários da unidade e a polícia foi chamada ao local. Guilherme foi conduzido à delegacia e liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).