Edileusa Silva, de Baraúna, estava com o filho no Tarcísio Maia desde a noite de domingo, e conta que recebeu um bom atendimento e todos os exames necessários haviam sido realizados. O rapaz, que sofreu um acidente de moto, recebeu alta ontem pela manhã. “Tá normal. Meu filho foi bem atendido, fez o raio-x, a tomografia, recebeu alta e estamos esperando o carro já pra ir embora”, disse.

 

O atendimento também não foi prejudicado no Hospital da Mulher, a secretária da direção, Karlla Suely, confirmou que não havia faltado nenhum profissional ontem pela manhã.

 

O médico anestesiologista, Ronaldo Fixina, delegado da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), vinculado ao Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED), informa que a orientação do sindicato é pela paralisação dos médicos que trabalham para o Estado, em todas as unidades, mas que parar ou não fica ao critério de cada um.

 

“Não existe um movimento paredista. É uma questão de consciência dos médicos. Se a pessoa estiver satisfeita com os cortes de adicional noturno e insalubridade, não para”, diz.

 

Até ontem pela manhã, horário de fechamento desta matéria, também não havia como o sindicato saber a porcentagem de médicos que paralisariam as atividades em Mossoró.

 

Além do Tarcísio Maia e Hospital da Mulher, a greve pode atingir ainda a Casa de Saúde Dix-sept Rosado e o Hospital Rafael Fernandes.

 

Ontem, as categorias da saúde em greve – Sinmed/RN, do Sindicato dos Odontologistas do Rio Grande do Norte (SOERN) e Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (SINDSAÚDE), entre outras categorias – realizaram uma grande mobilização em Natal, durante a manhã, em frente ao Hospital Walfredo Gurgel.

 

As categorias protestam contra o corte do adicional noturno e insalubridade dos aposentados.

 

Hoje, os médicos devem participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, às 14h30. E às 19h, na sede do Sinmed/RN, em Natal, será realizada uma assembleia com a categoria.