90 pessoas deixam de ser examinadas todos os dias no INSS Natal

90 pessoas deixam de ser examinadas todos os dias no INSS Natal

 

Com alta demanda reprimida em atendimentos para a perícia médica e a falta de reposição contratual dos profissionais, o segurado sofre com demora no atendimento


Por Redação

 

 

Confira dicas pra sua reserva (Foto: Alberto Leandro/PortalNoar)
Atualmente, as 22 agências da Grande Natal possuem 36 médicos divididos entre elas (Foto: Alberto Leandro/PortalNoar)

 

Em Natal, cerca de 90 pessoas deixam de ser examinadas, todos os dias, para o possível recebimento de auxílio-doença no Instituto Nacional do Seguro Social – RN (INSS). A falta de reposição contratual dos profissionais da saúde é a principal causa da dificuldade para atender a demanda. A informação é do chefe de perícia, Marcos Guimarães. Para ele seria preciso mais 21 médicos na equipe da Região Metropolitana de Natal para que normalização dos atendimentos.

Atualmente, as 22 agências da Grande Natal possuem 36 médicos divididos entre elas. Este número já sofre a falta de seis peritos que foram aposentados, ou transferidos no início do ano, e não houve reposição de suas vagas, informa Guimarães. “O governo só faz inaugurar prédios e não inclui pessoas. Não é só de prédios que precisamos”, reclama, acrescentando que 16 médicos já estão aptos a se aposentar no próximo ano.

Com alta demanda reprimida em atendimentos para a perícia médica e a falta de reposição contratual dos profissionais, o segurado sofre com demora no atendimento e paralisação de atividades internas. Atualmente, a espera pelo agendamento para entrada no benefício pode demorar de dois a três meses, mesmo com o esforço dos profissionais. “Desde julho faço dez, quinze perícias por dia. Sendo que eu deveria estar somente no administrativo. Por causa disso a análise de processos está parada, porque estamos dando prioridade ao atendimento do segurado”, relata.

Além da demora, a falta de verba financeira atrapalha o trabalho. Guimarães deu como exemplo um atendimento que deveria ter sido realizado hoje, na cidade de Santa Cruz, que não ocorreu por causa de falta de combustível. “Quinze pessoas deveriam ter sido atendidas em Santa Cruz, mas o médico não pode ir por falta de combustível”.

Segundo o chefe dos peritos, na região de Natal todos os médicos retornaram às atividades, somente em algumas cidades do interior ainda há peritos em greve, mas não soube quantificar quantos são. Nacionalmente, os peritos médicos continuam com movimentação grevista, onde reivindica principalmente por melhoria de salário, diminuição no tempo de serviço – de 40h diárias, para 30h -, e novas contratações.

 

Atualizado em 10 de dezembro às 07:39

whatsapp button