O Renascimento Conservador

07/11/2018

O Renascimento Conservador

07/11/2018

O Renascimento Conservador

 

Para Benjamin Wiker, o conservadorismo tem sua origem no liberalismo clássico, com a defesa da economia liberal, liberdade pessoal e instituições republicanas, já o liberalismo moderno, que junta esquerdistas moderados e radicais, social democratas e comunistas é uma ideologia, a vida política e a moral são vistas inteiramente como criações humanas, o homem é maleável e pode ser manipulado para promover alguma solução política ou projeto ideológico. Esse ímpeto leva à propensão de acatar regimes impulsivos e destrutivos para revisar a sociedade. Para Russel Kirk foram essas Doutrinas armadas, ideologias e fanatismo político, ou para Burke os reformadores fanáticos que mergulharam o mundo em trevas. O socialismo e o nacionalismo partiram o mundo em pedaços. O que surgiu condenava a tradição, enaltecia a igualdade, e saudava a mudança. A razão, a ordem, a paz e a virtude, cederam lugar à loucura, discórdia, vício e confusão. A derrota dos Nazistas e fascistas na II guerra mundial, e a desmoralização dos regimes comunistas, afogados em corrupção, totalitarismo e fracasso econômico, frearam o impulso de emancipar os povos das obrigações morais, derrubar o estado e a igreja, produzir um coletivismo igualitário e descartar todas as estruturas do passado. O mundo tinha outras coisas a prezar como liberdade, justiça, segurança das pessoas e de suas casas, livre iniciativa, ordem social, tradição moral, cultura clássica judaico-cristã como fundamento da economia e política, sociedades voluntárias, propriedade privada e governo representativo. Esquerda, socialistas e comunistas creem no igualitarismo político e econômico e desprezam a tradição, já o conservadorismo se sustenta em princípios consagrados pelo uso, favorece o progresso refletido e moderado, considera que os radicais, inimigos da permanência, colocam em risco a herança recebida, tentando forjar um paraíso terreno. Sem interesses e convicções duradores que garantam estabilidade e continuidade, a sociedade marcha para a anarquia. Justiça, prosperidade e tranquilidade são alcançadas por responsabilidades assumidas e execução de nossos deveres na comunidade. Propriedade e liberdade estão ligados. Quanto mais difundida a propriedade privada, mais estável e produtiva a comunidade política. Ordem, liberdade e justiça são produto de uma longa experiência social. A mudança deve ser prudente, gradual e judiciosa.

Geraldo Ferreira Filho – Presidente do Sinmed RN

 

Publicado no Agora Jornal dia 07/11/2018.

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