10/10/2018
10/10/2018
Sun Tzu, com A Arte da Guerra, e Maquiavel, com O Príncipe, trouxeram para a política as estratégias militares ou filosóficas que a tornaram, dentro do realismo bruto em que se exerce, uma verdadeira guerra. Outros conceitos foram tomados de Hobbes, em que no estado natural do homem a regra é a luta de todos contra todos pelos recursos, ninguém sendo isento do medo, o que força um pacto na forma de um contrato social para que possa existir paz e defesa comum, e de Nietzche, que traz o juízo de que mais que o poder o que move o mundo é a Vontade de Poder. Forma-se assim o caldo cultural e sociológico no qual se faz uma campanha. Gianturco aponta dois tipos principais de políticos, o que entende as demandas da sociedade e procura supri-las e o que tem visão e capacidade para inovar e propor novas alternativas. Cada momento tem seus líderes que refletem o que é preponderante. Influenciam a decisão do eleitor a honestidade, a credibilidade, a capacidade de inspirar pessoas e irradiar motivação. O abalo lançado pelos grupamentos mais à esquerda contra a ordem, a Igreja ou à família nos últimos anos, no mundo e também no Brasil, provocaram uma reação forte, a manipulação de falas e imagens não mais conseguem desfazer nas pessoas o sentido do que é importante para elas. As práticas de deformação da linguagem, o uso sistemático da mentira e do fingimento, o conceito de pós verdade que tenta transformar tudo numa narrativa, cruel particularmente com os menos afeitos às técnicas de manipulação da linguagem, recebeu um basta. Eu disputei uma campanha agora, estive no front, vi a guerra como ela é. Pedro Malan diz em seu livro Uma Certa Ideia do Brasil, que para um projeto de nação desenvolvida o que importa afinal são a garantia das liberdades individuais, a justiça social e a eficiência dos setores público e privado. Por isso vale à pena entrar na guerra e lutar. Eu fui à guerra por isso.
Dr. Geraldo Ferreira – Presidente do Sinmed RN
*Artigo publicado no Agora Jornal, dia 10/10/2018.