14/02/2017
14/02/2017
Steven Pinker em “Os Anjos bons de nossa natureza” cita o Comércio como um dos responsáveis pela diminuição da violência ao longo da evolução da história humana. Paine, filósofo Inglês do século dezoito, que chegou a viver na América e que na França foi membro da Convenção Nacional, em Direitos dos Homens, cita o Comércio como um sistema Pacífico, operando para unir a humanidade, por fazer nações, bem como indivíduos, úteis uns aos outros, e conclui magistralmente, “Se ao Comércio fosse permitido atuar à extensão universal de que é capaz, ele extirparia o sistema de guerra e produziria uma revolução nos Estados de governos incivilizados”. Burke, muito semelhante a Adam Smith, defendia o livre comércio. E no seu livro Escassez, condena a adulteração indiscreta no mercado por intromissão regulatória, ao mesmo tempo em que saúda a Mão Invisível do mercado, homenageando ao benigno e sábio distribuidor de todas as coisas, que obriga os homens, queiram ou não queiram, a perseguiram seus próprios interesses, a conectarem o bem geral ao seu próprio sucesso individual. O Comércio, para Cropsey, gera liberdade e civilização e, ao mesmo tempo, instituições livres são indispensáveis para a preservação do comércio. Adam Smith discorrendo como o Comércio e manufaturas gradualmente introduziram ordem e bom governo, e liberdade e segurança aos indivíduos, que antes viviam em guerra ou dependência servil, apontou Hume como pioneiro na visão dos efeitos civilizatório, moderadores e pacificadores do comércio sobre os povos e a sociedade. Por fim, Smith em A Riqueza das Nações aponta o desejo de melhorar de condição como o princípio que impele toda Economia. É célebre a passagem onde ele diz haver certa propensão natural na natureza humana para o negócio, o intercâmbio e a troca de uma coisa por outra. Smith observou que na Sociedade o homem tinha ocasião quase constante de ajudar seu irmão e dizia de onde isso provinha, Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos que venha o nosso jantar, mas do respeito a seu próprio interesse. Milton Friedman diz que o livre comércio, além de promover relações harmoniosas entre nações de Cultura e instituições diferentes, também promove relações harmoniosas entre pessoas de diferentes crenças, atitudes e interesses. Em um mundo comercial livre as trocas ocorrem porque as pessoas acreditam que se beneficiarão com ela. A Cooperação, não o conflito, é a regra.
*Artigo de Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN, publicado no Novo Jornal, dia 15/02/2017.