Nesta terça-feira (15), os médicos do município de Natal, liderados pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN), Geraldo Ferreira, e pelo vice-presidente, Francisco das Chagas, paralisaram os atendimentos em protesto contra as precárias condições de trabalho nas unidades de saúde da capital e a falta de avanço nas negociações salariais com a Prefeitura. A decisão foi tomada na última quarta-feira (9), em assembleia realizada no Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN).

Os profissionais se reuniram na sede do sindicato e, em seguida, saíram em carreata até a sede da Prefeitura de Natal, onde realizaram um ato público, denunciando os problemas enfrentados diariamente nas unidades de saúde da capital.

Após o ato em frente à Prefeitura, os manifestantes seguiram até a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), onde também foi realizado um protesto com objetivo de chamar a atenção do prefeito Paulinho Freire e do secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, para a urgência das reivindicações da categoria.

Nos discursos, os médicos externaram a crise da rede municipal, que afeta diretamente tanto os trabalhadores quanto a população. Além dos diretores do Sinmed, Geraldo Ferreira e Francisco das Chagas, os médicos da ESF, Alecildes Arruda e Amanda Torres, e da psiquiatria, Gustavo Xavier, também fizeram uso da palavra.

Na pauta salarial, os médicos cobram o descongelamento das gratificações, que estão há mais de sete anos sem reajuste. Mesmo com o anúncio recente de correção salarial para outras categorias do funcionalismo (como 12,88% para o plano geral e 6,27% para os professores), os médicos ainda não receberam uma proposta concreta da Prefeitura.

Participaram da mobilização representações dos vários setores médicos da prefeitura como ESF, Ambulatório e Psiquiatria. Os atendimentos de urgência nas Upas, Samu, Maternidades e Hospitais foram mantidos.

Uma nova paralisação está prevista para a próxima terça-feira, dia 22 de julho, caso não haja avanço nas negociações.