31/03/2022
31/03/2022
Foi Abrahan Lincoln que disse: “Você não pode ajudar homens pequenos derrubando homens grandes, não pode fortalecer o fraco, enfraquecendo o forte, não pode fazer prosperar o trabalhador, puxando quem paga para baixo, não pode evitar problemas gastando mais do que ganha, não pode ter segurança com dinheiro emprestado, não pode criar caráter e coragem, tirando a iniciativa e a independência do homem.” Hoje, os idealistas são raros, e todos parecem pouco dispostos a fazer sacrifícios para tornarem suas vidas melhores ou mesmo o seu País melhor. Em vez disso, qualquer demagogo que prometa benefícios sociais máximos, com arrocho fiscal e taxação em quem produz, leva à anulação da sensatez e à adesão à crença de que direitos infinitos não guardam relação com deveres de algum lugar. Políticos responsáveis e eleitores bem informados, necessários para que um sistema democrático com liberdade de expressão e direito de decisão prosperem, estão em falta. Lentes são usadas para julgar e avaliar o que é melhor para o país ou para o mundo como um todo. Há interesses de curto e longo prazo. Integridade e credibilidade deveriam ser os atributos buscados na representação política, a educação e a experiência deveriam ser os critérios norteadores de qualquer escolha. Todas as informações recebidas são tendenciosas, podem ser falsas e enganosas. Como descobrir a verdade? Antes de qualquer julgamento devem ser avaliadas as informações disponíveis, antes de uma decisão deve-se avaliar a validade dos dados disponíveis. A maior parte dos noticiários usa uma ferramenta poderosíssima, o medo. O conteúdo sensacionalista, quanto mais degradante e revoltante for, mais atrairá atenção. Notícias que fortaleçam a esperança e o otimismo disputam com a ferocidade do imediatismo das catástrofes, colapsos, crises e crimes. Marx foi jornalista durante quase toda sua vida, numa avaliação de seus escritos, James Ledbetter, em 2008, explica a estratégia que ele usava: espremia o assunto, filtrava-o até reduzí-lo a uma questão política ou econômica, a partir daí ele julgava a questão. Os jornalistas, formados na visão de esquerda, tem muito em comum com Marx. Eles abandonaram “o papel tradicional de repórter e adotaram o de ativista social”, escreve Mark R. Levin em Marxismo Americano. A imprensa, muitas vezes, parece porta voz de um oráculo, como em Fedro: “parecerão ser oniscientes e, geralmente, não saberão de nada; serão cansativos, detentores da reputação do conhecimento, sem a realidade.” Weaver descreve um trecho de James Cooper em The American Democrat: a imprensa deste país parece ter sido expressamente criada para deprimir e destruir tudo que é bom e elevar e avançar tudo que é mau… vivem de mentiras, falácias, hostilidades, parcialidades e armações.”. Os acontecimentos e movimentos com os quais os jornalistas se comprometem alavancam ataques, denúncias, rejeição e destruição de tudo que se oponha ao que defendem. A mídia é um campo de guerra, porque é amplificadora da batalha ideológica que molda o mundo. Há um mundo real e um mentiroso, idealizado de acordo com quem controla a capacidade mágica de criar um mundo imaginário, composto por falsas esperanças e promessas utópicas, que apelam à destruição da sociedade existente. Parece existir dois mundos, o que a mídia cria e o real da existência diária. Apesar de tudo isso, o remédio é a liberdade, sem repressão às vozes contrárias e divergente, como prega a farsa do politicamente correto. A liberdade de expressão, dizia Ulisses Guimarães, é a maior das liberdades, “por que socorre as outras liberdades ameaçadas”. O inimigo de qualquer autoritarismo é o pensamento. A mídia hoje é escrava do politicamente correta, a mais insidiosa ideologia, que posa de benevolente, benigna e humanitária para aprisionar o pensamento e censurar as pessoas. Mas, uma doutrina que semeia o ódio e divisão, erradica o perdão e o amor, separa as pessoas entre nós e eles deve ser parte de uma grande trapaça, seja qual for seu sonho.
Dr. Geraldo Ferreira – Médico e e Presidente do Sinmed RN
Artigo publicado no Agora Jornal dia 31 de março de 2022.