14/03/2017
14/03/2017
COMUNICADO AS GESTANTES
“ De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto “
Mais uma vez nos encontramos em situação crítica e constrangedora.
O Estado tem obrigação de propiciar remuneração justa e digna pelo trabalho dos anestesiologistas. O nosso trabalho envolve enorme responsabilidade e importância, todavia, os administradores e diretores da Maternidade Almeida Castro insistem em nãoATESTAR esta verdade. Realizamos um divino trabalho DENTRO DA ESTRUTURA DA MATERNIDADE SOB INTERVENÇÃO FEDERAL.
O Código de Ética Médica, estabelece princípios relativos a DIGNIDADE DA REMUNERAÇÃO PROFISSIONAL. ESTAMOS AMPARADOS NO DIREITO IRREFUTÁVEL DE RECEBER NOSSOS HONORÁRIOS PELOS PLANTÕES. NÃO EXISTE NENHUMA LEI NESTE PAIS QUE OBRIGUE UM ANESTESIOLOGISTA A TRABALHAR SEM REMUNERAÇÃO.
Não é tolerável, não é aceitável que na Maternidade Sob intervenção Federal, o insuportável e injusto atraso do pagamento dos plantões, comprovadamente realizados pelos profissionais da Clínica de Anestesisologia de Mossoró, exista. A maternidade sob intervenção, em pouco tempo, com o “ rigor administrativo “ , tornou-se autofinanciável, TODAVIA, os períodos sem pagamento transcedem todos os limites de razoabilidade. É onfensivo, é humilhante.
Somos habituados com coragem, RESISTENCIA, capacidade técnica exemplar a enfrentar as situações obstétricas mais graves imagináveis MAS NÃO TEMOS O DEVER ETICO DE FINANCIAR UMA MATERNIDADE SOB INTERVENÇÃO FEDERAL. AONDE ENCONTRA-SE O DINHEIRO DO PAGAMENTO DE QUATRO MESES DOS ANESTESIOLOGISTAS ? Há de se ter bom senso que nenhuma categoria profissional tolera essa incompetência administrativa ou agressão proposital para desvalorizar o trabalho do anestesiologista. O ATRASO por períodos distantes de princípios de
razoabilidade inviabiliza a continuidade do atendimento Isso é crime. Nenhuma voz fala ao nosso favor E NENHUM SUPER AUTORIDADE justifica tamanho descaso ou agressão. Por que temos que suportar esta CRUEL INJUSTIÇA?
Qualquer gestante ATESTA a seriedade e competência dos anestesiologistas. Centenas de gestantes são anestesiadas durante cada mês. O calote abrange aproximadamente 900 ( novecentas ) anestesias ou 4 meses de trabalho ( dia/ noite ) e necessitando superar, inclusive, condições de trabalho. A SESAP “ esqueceu de pagar: novembro ( 2016 ), dezembro ( 2016 ), janeiro ( 2017 ) fevereiro ( 2017 ) e a Prefeitura Municipal de Mossoró: Dezembro ( 2016 ), janeiro ( 2017 ) e fevereiro ( 2017 ) e 10 dias do mês d mar&c cedil;o. Será uma competição ?
O pagamento dos plantões é pagamento de salário ou seja manutenção da família, investimento em conhecimento, vestuário, aquisição de medicação e agora chegou o momento de pagar o imposto de renda para manter políticos, dubles de gestores e corjas de bajuladores. Falta responsabilidade e planejamento.
Esta maternidade recebe verbas públicas ( Município, Estado e União ) e tem o dever e obrigação de repassar informações para a população: A junta interventora foi autorizada a contratar quantos anestesistas individualmente ? Qual a carga horária destes profissionais ? Qual o montante de verbas públicas que a maternidade recebe/mês? Quantos são os plantões administrativos realizados mensalmente ? Quem realiza plantões administrativos ?
Resistimos porque não temos outra profissão, mas não temos o dever ou obrigação de tolerar passivamente tanto descaso. Não temos conhecimento de atraso salarial no Ministério Público. POR ANALOGIA, OS ANESTESIOLOGISTAS ESTÃO FINANCIANDO PARTE DA ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA PÚBLICA DE MOSSORÓ.
Diante do exposto, comunicamos que em virtude de uma decisão tomada em reunião recente, a Clinica de Anestesiologia de Mossoró, optou por não mais tolerar o desrespeito administrativo, paralisando parcialmente suas atividades. Reduziremos o numero de profissionais a partir do dia 09 ( nove ) sem comprometer totalmente o atendimento, não sendo descartada uma paralisação total.
Há uma crise de gestão, crise política, crise administrativa e excesso de incompetência, prejudicando os anestesiologistas e também a população.
Os anestesiologistas BANCANDO A SAÚDE PÚBLICA .
“ Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles “
MOSSORÓ – RN – 09/03/2017
FONTE: CAM- CLINICA DE ANESTESIOLOGIA DE MOSSORÓ