30/11/2016
30/11/2016
Médicos do estado e do município de Natal decidiram, por unanimidade, a continuação da greve iniciada há 34 dias, durante assembleia realizada ontem (29/11) no Sindicato dos Médicos do RN.
A categoria solicita a regularização dos pagamentos dos servidores municipais e estaduais que tem recebido seus salários com atrasos de até 60 dias nos últimos meses. Hoje, quando deveria ser efetuado o pagamento de Novembro, alguns médicos do município de Natal não receberam sequer o mês de Outubro ainda.
Entre outras reivindicações estão ainda o cumprimento de implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos médicos de Natal e a garantia do reajuste de 10% em 2017, para os médicos do estado.
Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN, afirma que os médicos não receberam até agora nenhuma proposta para regularizar a situação e, por isso, decidiram pela continuidade do movimento. “Estamos em absoluto impasse. Sem propostas das secretarias de saúde, não temos como encerrar a greve”, afirma.
Como encaminhamentos, o Sinmed RN enviou ofício para a Assembleia Legislativa e para a Câmara Municipal de Natal solicitando audiências públicas. Novas manifestações devem acontecer nos dias agendados para cada audiência (data a confirmar).
Diretor do Sinmed, Francisco das Chagas Bastos, alerta que os médicos devem seguir os encaminhamentos votados em assembleia e convoca os médicos para que participem dos encontros de avaliação semanal, sempre as terças-feiras no sindicato.
PARNAMIRIM
Médicos de Parnamirim também permanecem em estado de greve por falta de pagamento aos plantonistas que atuam na UPA de Nova Esperança. Além dos atrasos de 60 dias nos pagamentos, os médicos estão trabalhando em situação grave de falta de segurança na unidade.
A solicitação de guardas na unidade até o momento não foi atendida e novos relatos de violência contra os profissionais da saúde têm chegado até o Sinmed.
Outra promessa da prefeitura de Parnamirim não cumprida foi a formalização dos contratos de todos os médicos que trabalham na UPA. Até o momento apenas 18 médicos tiveram seus contratos assinados.
Os médicos denunciam também que as escalas de plantão estão sendo feitas sem consulta aos profissionais e têm ficado incompletas. Os plantonistas estão escalados sozinhos em cada turno, quando deveriam existir no mínimo dois médicos por plantão.
Desligamento
Pelos graves problemas estruturais, falta de segurança e de contratos que garantam os direitos trabalhistas, os médicos iniciaram hoje o desligamento definitivo da unidade.
Pelo menos seis médicos já solicitaram o afastamento e já não farão parte da escala de dezembro que se inicia nesta quinta-feira.
O Diretor Médico da unidade também solicitou exoneração do cargo e até o momento não foi nomeado um novo diretor.