30/12/2015
30/12/2015
Na última terça-feira (29), onze dias após o início do funcionamento do Hospital Geral Municipal de Natal, o Sindicato dos Médicos realizou visita para averiguar as condições de trabalho dos médicos e a estrutura para atendimento dos pacientes.
Até o momento apenas a Pediatria está funcionando no hospital, mas, de acordo com a Secretaria de Saúde, até o início de janeiro o atendimento clínico e a ortopedia também já estarão em funcionamento. Equipamentos e pacientes do hospital dos pescadores já começaram a ser transferidos gradualmente para a unidade.
Ao todo são 30 médicos pediatras no hospital, três por plantão, sendo apenas 08 concursados e 22 da cooperativa médica.
Foi constatado pelo sindicato que médicos pediatras estão em estrutura improvisada, dividindo o mesmo consultório, em mesas inadequadas e com o número de leitos de repouso inferior ao necessário. A estrutura do hospital também não conta com banheiros exclusivos para funcionários.
Além disso, pacientes estão sendo impedidos de comprar medicamentos nas farmácias, pois o receituário que chegou para os médicos não apresenta o carimbo do hospital.
Para os pacientes o improviso também é visível. A sala de isolamento da unidade fica em uma área de grande circulação de pessoas o que, segundo um dos pediatras de plantão (que não quis ter seu nome revelado), é um risco para funcionários, acompanhantes e outros pacientes que precisam circular pelo hospital.
O Raio-x também começou a funcionar apenas 10 dias após a abertura do hospital e de maneira improvisada, com um aparelho com qualidade inferior ao que se tinha antes, com a cama estática, o que dificulta a realização de alguns exames.
A porta de entrada também é única para adultos e crianças e, para os médicos, isto é inadmissível.
A secretária adjunta de saúde, Saudade Azevedo, informou que este é um procedimento comum e norma do SUS, mas já adiantou o interesse da secretaria em utilizar um prédio ao lado do atual apenas com a pediatria.
Leitos
O pequeno número dos leitos de pediatria é uma preocupação para os médicos que agora contam com 03 leitos de enfermaria e 08 para internação, número inferior ao que existia no hospital Sandra Celeste.
“Houve uma diminuição dos leitos de pediatria. Criou-se 08 leitos, mas no âmbito geral o impacto é pequeno, uma vez que o hospital infantil tem 120 e o Maria Alice, 80”, declarou Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN.