Foi realizada na noite de ontem (27) a abertura solene do XII Congresso Fenam que contou com a presença de congressistas, diretoria da FENAM, diversas autoridades, lideranças e entidades médicas, nacionais e internacionais.

A mesa de abertura foi composta pelo presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira; o presidente da CNTU, Murilo Celso de Campos; o presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital; o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze; e o Deputado Federal e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Geraldo Ferreira iniciou as falas da noite lembrando que a entidade ainda terá grandes desafios pela frente, mas que a categoria está preparada para enfrentá-los. “Os médicos estão unidos em seus propósitos: trabalho adequado, remuneração justa e saúde de qualidade para todos. É essa a nossa luta”.

Em seguida o Deputado Eduardo Cunha fez seu pronunciamento indicando como ponto importante frisar que as pessoas não devem negar a política ou agir fora dela: “o gesto de vocês de se reunir neste congresso é uma decisão politica importante”.

Cunha fez uma rápida análise da crise política do país e afirmou que este conflito é responsável também pela crise econômica que afeta todas as áreas de atuação do Brasil.

“A série de denuncias de corrupção envolvendo membros do governo agrava ainda mais a situação da economia porque cria um ambiente de pessimismo e inibe os investimentos. Todos ficam com medo de gastar naquilo que não é essencial. E esta crise política vai se perpetuando à medida que as denuncias de corrupção são divulgadas.”, explicou Cunha.

O Deputado disse ainda que se sentiu honrado em participar deste momento importante para a Federação dos Médicos e do debate político promovido pelo Congresso. Firmou compromisso com o debate da carreira de estado para o médico e demonstrou compreender a importância do médico para a saúde do país: “Não se faz saúde sem o médico. Então, não dar importância ao médico significa desprezar a própria saúde do país”, concluiu.

O Dirigente da CNTU, Murilo Campos, falou sobre o momento político difícil que o Brasil atravessa e disse que é preciso unidade entre as entidades médicas, otimismo e confiança no país, buscando o crescimento dos movimentos médicos.

Carlos Vital, presidente do CFM, em sua fala destacou que o médico deve ter “plena consciência de que o ético desempenho da medicina é o exercício da cidadania em tempo integral no mais alto patamar da consciência”. Considerou também que os debates do XII Congresso Fenam atenderá as expectativas dos participantes e norteará os caminhos da próxima gestão.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, questionou o que considera um dos maiores paradoxos que afeta o trabalho médico: “de um lado temos a responsabilidade de prestar assistência para a qual estamos preparados. Do outro lado temos a absoluta falta de condições para prestar o chamado atendimento ético ao nosso paciente”. Darze concluiu sua fala pedindo para que o Deputado Eduardo Cunha vote a carreira de estado para o médico e o Piso Fenam.

Na sequência das atividades da noite, foi servido um jantar para os participantes e a apresentação da Orquestra de câmara do Rio de Janeiro.

Fonte: Cleidiane Vila Nova