A diretoria do Sindicato dos Médicos do RN realizou visita de vistoria da condição de trabalho dos médicos no Hospital Maria Alice Fernandes, no último dia 28 de abril, e constatou uma série de irregularidades na unidade de saúde.

Entre os problemas constatados estão a sobrecarga de trabalho, pois o hospital recebe paciente de todos os municípios do Estado, com escala incompleta, e a falta crônica de medicamentos de urgência, como antibióticos.

Após a visita foi elaborado um relatório com apontamento dos problemas e necessidades de melhorias para o hospital. O Sinmed RN encaminhará as reivindicações e cobrará soluções da Secretaria Estadual de Saúde.

Confira os problemas apontados no relatório:

1 – Excesso de atendimento, pois recebe paciente de todos os municípios do Estado.
2 – Escala incompleta, pois para o bom desempenho de suas funções seriam necessários quatro pediatras por turno. No entanto, só estão escalados três e algumas vezes dois.
3 – Casos mal regulados pela SESAP, o que provoca o recebimento de pacientes muito acima da capacidade hospitalar. Devido a falta crônica de pediatras, nos municípios vizinhos, é grande o encaminhamento de casos simples, o que desvirtua a finalidade do Maria Alice.
4 – Só existe uma sala para isolamento. Quando existe mais de um caso, que necessita ser isolado fecha-se uma enfermaria, causando diminuição na capacidade de recebimento do hospital.
5 – Já se tornou crônica a falta de medicamentos de urgência e principalmente a de antibióticos. Existe uma premência em adquirir oxímetros de pulso, bombas de infusão, pontos de oxigênio, máscaras para oferecer oxigênio à 100% e material específico para oferecer oxigênio a traqueostomizados.
6 – Existe a necessidade premente de diaristas nas enfermarias, que permaneçam 24h no serviço para atender às intercorrências, visto que à partir das 12h, o diarista se ausenta e os pediatras do turno são obrigados a atender estas intercorrências, além das atividades normais, o que o sobrecarrega em virtude da escala está incompleta.
7 – Não é mais admissível a ausência de pediatras nas especialidades de infectologia, pneumología e nefrologia para emitir pareceres.
8 – Os pediatras solicitam Insalubridade, no percentual de 40%, em virtude de estarem expostos a microrganismos patogênicos e ainda correrem o risco eminente de contaminação também por pus, fezes, urina, sangue e outros.
9 – As instalações do pronto-socorro são inapropriadas e encontram-se deterioradas.
10 – Pacientes que deveriam ser tratados em UTI permanecem dias seguidos na Sala Vermelha.