23/01/2013
23/01/2013
Em assembleia ontem a noite, no Sinmed-RN, foi confirmada a marcha do "Fio de aço" que acontecerá no próximo sábado (26), às 8h30. A marcha tem início na Associação Médica do RN e segue até o Hospital Walfredo Gurgel. (Confirme sua presença aqui)
O protesto está sendo chamado de Fio de Aço, em alusão a falta de fio de aço para fechar um paciente durante uma cirurgia de emergência no Hospital Walfredo Gurgel, situação extrema que levou o cirurgião Jeancarlo Cavalcanti, que também é presidente do Conselho Regional de Medicina do RN, a filmar o caso.
O vídeo foi exibido na última semana no Jornal Hoje, da rede Globo e tem tido grande repercussão em rede nacional e em telejornais locais como o Bom Dia Brasília – DF no Ar – no qual a reportagem foi reprisada.
No Facebook há duas comunidades com o nome "Fio de Aço", em apoio ao médico. Uma das comunidades está com 3.184 membros a outra com 1.769. O caso chamou tanta atenção que pessoas de outros países estão comentando o assunto nas redes sociais.
Além das comunidades, tem surgido ainda uma série de imagens e charges em apoio ao médico, que foi denunciado ontem (22) pela Secretária Estadual de Saúde ao Conselho Federal de Medicina.
Para acessar as comunidades clique aqui ou aqui.
Não é de agora que a situação calamitosa da saúde do RN é destaque na mídia nacional. A situação caótica foi noticiada durante todo 2012. Há seis meses, O governo do Rio Grande do Norte decretou estado de calamidade pública na tentativa de resolver o caos na saúde.
No entanto, a vigência do decreto terminou no início de janeiro sem que os problemas de pessoal e abastecimento houvessem sido sanados.
No próximo dia 29 de janeiro a greve dos médicos completa 9 meses. Após diversas tentativas de negociação a categoria foi surpreendida no último dia 15 com uma nota oficial do governo anunciando, compulsoriamente, o reajuste para os médicos e corte do ponto para os grevistas.
Ainda assim, os médicos mantiveram o movimento grevista, visto que, haviam outras reivindicações. “Nossa luta não é somente e nem principalmente por questão salarial, é por condições de trabalho e, ao que parece, o governo não sabe ou não quer saber disso. Lutamos por dignidade no trabalho, os 12% a categoria sempre aceitou, mas não só isso”, lembra o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira.
Veja o vídeo denúncia: