15/04/2011
15/04/2011
O Sindicato dos Médicos do RN se reuniu hoje em assembleia com os médicos recém contratados do estado para definir indicativo de greve da categoria.
Os médicos denunciam que não recebem seus salários há seis meses. A Secretaria de Estado da Saúde Pública – Sesap – propôs aos médicos a condição de pagar, a partir de agora, dois vencimentos por mês. Ou seja, o pagamento de abril seria pago juntamente com o atrasado de novembro, e assim por diante.
Os profissionais não aceitam esta condição e decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (18/04), às 7h da manhã, sem data para o retorno das atividades.
De acordo com o médico Marcílio Mariano de Oliveira, contratado em novembro de 2010, o trabalho desenvolvido por eles no pronto-socorro do Walfredo Gurgel é extremante. "Já chegamos no limite. Trabalhamos com situações muito difícies tanto no pronto-socorro quanto nas cirurgias, urgência e enfermaria do hospital. Precisamos ser remunerados por isso".
Entre os médicos prejudicados pelo atraso no pagamento estão os ortopedistas e cirurgiões do pronto-socorro do Walfredo Gurgel, e infectologistas do Giselda Trigueiro. Todos vão aderir a greve, assim como todos os médicos recém-contratados, lotados em outras unidades, que estão sem receber seus salários.
Município
Os médicos do município estão no mesmo clima de insatisfação com a Secretária Municipal de Saúde.
Até o momento ainda não foi paga a parcela do reajuste do Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos (PCCV), previsto inicialmente para março. Enquanto isso, a prefeitura gasta mais de 8 milhões de reais em atividades de combate a dengue, terceirizando empresas de fora do nosso estado.
Entre as reivindicações estão ainda, o desabastecimento generalizado, atraso na AIH (Autorização de Internação Hospitalar), a falta de alimentação para o médico durante o plantão e acomodações insalubres.
Por estes motivos o Sinmed RN já enviou um ofício à Sesap cobrando explicação sobre o não pagamento do reajuste do PCCV e solicitando uma audiência de urgência com o secretário Thiago Trindade.