Ação contra a superbactéria

25/10/2010

Ação contra a superbactéria

25/10/2010

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pediu, ontem, tranquilidade em relação à proliferação da superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KCP). "A população pode ficar tranqüila, porque essa é uma situação que acontece apenas em ambiente hospitalar e em pacientes debilitados", disse ele após participar de encontro na capital paulista sobre a definição de diretrizes para minimizar o risco cardíaco em pacientes em tratamento contra o câncer.

Segundo o ministro, com a adoção de medidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), "a situação vai ficar sob controle". Entre as ações da agência, ele destacou a norma que determina a retenção da receita médica na compra de antibióticos. "Isso vai impedir o que hoje é um problema seríssimo, que é a automedicação, o uso abusivo e indiscriminado", garantiu.

Além disso, Temporão lembrou a importância de procedimentos simples de higiene, como lavar as mãos, que diminuem muito o risco de contágio pela bactéria. "Isso serve para os profissionais de saúde e também para os visitantes ao entrar e ao sair de um hospital". O ministro destacou ainda que outro ponto fundamental no combate à bactéria é o cuidado nos registros dos casos, para melhorar o embasamento de pesquisas sobre o assunto.

Medidas

O surto de contaminação pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) poderia ser evitado por medidas simples adotadas pelos hospitais, como obrigar as pessoas a lavarem as mãos quando forem visitar os pacientes. A sugestão é da bióloga Ana Paula Carvalho Assef, do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), unidade credenciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para confirmar os casos de KPC no país.

"São as medidas básicas de controle de infecção, como lavar as mãos antes e depois de entrar em contato com o paciente. A comissão do hospital deve estar alerta para esse tipo de coisa e orientar os visitantes e toda a equipe clínica que esteja tratando esses pacientes", afirmou. A bióloga ressaltou que esses cuidados básicos evitam contaminações perigosas e que geram altos custos para serem tratadas. "Você fica sem opção de tratamento e as alternativas para combater essas bactérias são antibióticos tóxicos e muito mais caros".

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