Ana Tânia relatou as melhorias e adaptações que vêm sendo realizadas na rede municipal de saúde desde o início da atual gestão. Entre os principais problemas encontrados destacam-se as péssimas condições das instalações e o déficit de médicos nas escalas de plantão, acarretado principalmente pelos salários nada atrativos (há pelo menos 37 equipes do PSF sem médicos).  A secretária informou que foi realizado um censo com todos os dados atualizados e que tais informações já foram repassadas ao Ministério Público, Sinmed/RN e Conselho Regional de Medicina.

O chefe de gabinete Kalazans Bezerra aproveitou a oportunidade para apresentar em linhas gerais o Plano de Cargos, Carreiras e Salários e reforçou o pedido de apoio a todas as entidades médicas. Segundo ele, o tratamento dispensado aos médicos na Lei a ser redigida será diferenciado dos demais profissionais da área, apesar das críticas que a decisão, porventura, provoque. “Sem médico, não há saúde pública”, enfatizou Kalazans.

O objetivo primordial da Lei será acabar com os chamados “penduricalhos”. A secretária Ana Tânia disse ainda que está sendo estudada a possibilidade de criação de cargos para dedicação exclusiva. O PCCS vem sendo elaborado exaustivamente pela Fundação Getúlio Vargas com o apoio de outros órgãos do município. Apesar de não ter sido finalizado, devido às diversas simulações que estão sendo realizadas e alguns ajustes essenciais à sua conclusão, o salário deve se aproximar ao do Estado.

Segundo Kalazans Bezerra, a prefeita Micarla de Souza pretende aprovar o PCCS ainda este ano. O Plano deverá ser implantado em três fases, a partir de setembro, com conclusão dentro de um ano (em 2011). Até a sexta-feira (26), a Secretaria Municipal de Saúde pretende apresentar um protótipo da proposta aos médicos para os devidos acertos e possíveis modificações.