Médicos não aceitam proposta da Sesap e decidem continuar em greve
01/03/2010
A assembléia promovida pelo Sindicato dos Médicos do RN, nesta segunda-feira (01) lotou o auditório da entidade. Antes de abrir as discussões, o presidente do Sinmed/RN, Dr. Geraldo Ferreira esmiuçou a proposta da Secretaria Estadual de Saúde apresentada pelo órgão no mesmo dia à tarde.
A Sesap propôs um salário básico de R$ 2.550 (chegando a R$ 3.334,03) para 40h, mais ADTS a partir do 3º nível (com valores entre R$ 132 e R$ 1.000,21), Insalubridade (com valores entre R$ 510 e R$ 666,81) e Gratificação de Alta Complexidade (com valores entre R$ 1.540 e R$ 2.200). Com o reajuste proposto de 21%, o nível inicial ficaria em R$ 4.600 e o último em R$ 7.201,04.
Depois de apresentada a proposta, foram abertas as inscrições e os médicos puderam dar as suas respectivas opiniões sobre os valores apresentados. Eles lembraram que já são quatro anos sem nenhum reajuste e com a implantação do PCCR, os profissionais tiveram perdas salariais que chegam a 45%. A maioria se mostrou decepcionada com os números expostos e ao final, depois de várias explanações, ficou decidido que será apresentada uma contraproposta.
O consenso foi de que haja um reajuste de 50% no salário básico, mais a incorporação da GDAAC no valor de R 2.200 para todos os médicos do estado, independente do nível. A contraproposta prevê ainda o reenquadramento dos profissionais para os níveis corretos, a redução de doze para dez plantões e a sistematização da produtividade.
Enquanto aguarda uma nova posição do Governo, a categoria vai continuar em greve seguindo as orientações do comando de atender apenas os casos de maior gravidade. Caso as negociações não avancem, eles não descartam a possibilidade de radicalizar o movimento. Na próxima segunda-feira (08) será realizada uma nova assembléia, às 19h, na sede do Sinmed/RN.
Lembramos a todos que nesta terça-feira (02), os deputados vão votar o veto à proposta de emenda ao orçamento do Deputado Paulo Davim no valor de R$ 40 milhões de reais que seriam destinados à Saúde. A votação na Assembléia Legislativa começa às 16h e a presença da classe médica é fundamental para fortalecer o movimento iniciado há quase um mês.