27/01/2010
27/01/2010
Foi realizada nesta terça-feira (26), na Secretaria Estadual de Saúde, a primeira reunião de negociação entre os médicos do Estado e o secretário de saúde, George Antunes. No encontro, em que os profissionais foram representados pelo Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed), a principal discussão pairou sobre o reajuste salarial da categoria.
De acordo com o presidente do Sinmed, Drº Geraldo Ferreira, esta primeira conversa foi considerada boa e a classe se propõe abrir mão de gratificações pelo aumento do salário, que ficaria em torno de R$ 7 mil. “Não há como resolver toda essa crise sem repensar o valor pago aos médicos do Estado. A partir do momento em que o Governo pagar valores de acordo com a realidade de mercado, essa situação de fuga da rede pública acabará e os interessados começarão a surgir”, explica o presidente do Sinmed.
Outra preocupação dos médicos também é a superlotação dos hospitais públicos. A retirada dos pacientes dos corredores do Hospital Walfredo Gurgel (HWG), foi uma vitória, mas a unidade de saúde do Santa Catarina, que recebeu toda a demanda, está lotada. A contratação de recursos humanos também é outra reivindicação da pauta.
Para tratar das melhores condições de trabalho, atendimento e reajuste salarial, acontece nesta quarta-feira (27), um encontro entre secretários de saúde e administração pública para o levantamento de possíveis soluções. Enquanto isso, o Sinmed decidiu formar uma comissão para estudar uma nova proposta sobre a produtividade que será, em breve, apresentada à Sesap. O gestor estadual propôs reduzir em até 70% os ganhos obtidos com esta gratificação o que desagradou os médicos.
O Sindicato dos Médicos aguarda os resultados, e volta a se reunir com a classe médica, em assembleia agendada para esta quinta-feira (28), às 19:30h, na sede do Sinmed. Com a votação do indicativo na última assembleia, os profissionais poderão decidir pela paralisação imediata, caso o diálogo e as negociações com a Sesap não avancem.