19/05/2008
19/05/2008
Os planos de saúde resistiram em cumprir acordos com os médicos no que diz respeito a pagamentos de honorários e procedimentos, de acordo com a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), e a primeira conseqüência já deve acontecer nos próximos dias, começando pela hemodinâmica. Profissionais desta importante área devem pedir descredenciamento dos planos, o que será decidido em assembléia na próxima quarta-feira (21).
Responsáveis pelos procedimentos de cateterismo (exame e diagnóstico) ou angioplastia não evasiva com colocação de stent (molas dentro da artéria, via cateter) e que hoje representam mais de 70% das cirurgias cardíacas, esta deve ser a primeira especialidade a lutar pelo contrato via cooperativas médicas.
A assembléia dos profissionais da hemodinâmica está convocada para as 19h, na sede da Associação Medica (AMRN), no Tirol, onde em reunião entre esses profissionais e a diretorias da Associação Médica e da Cooperativa Medica (Coopmed) será decidido sobre o descredenciamento dos planos de saúde.
Esse fato já é resultante da reunião que ocorreu com a Federação Nacional das Cooperativas Médicas no dia 8 de maio passado, quando o seu presidente, José Augusto Ferreira, esteve em Natal e mostrou aos potiguares os ganhos que os médicos tiveram em Minas Gerais, quando resolveram celebrar contratos via cooperativa.
Os planos que serão atingidos por essa medida ainda não estão definidos e a decisão ocorrerá somente na assembléia. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Geraldo Ferreira, esse é o primeiro passo de uma série de outros que resultarão num grande avanço na remuneração dos médicos do Rio Grande do Norte.
Outras reuniões de especialidades já estão sendo agendadas e o movimento deve crescer nas próximas semanas, adianta Ferreira. A expectativa da Associação Médica é que os mais de 1.500 médicos de Natal tomem a opção de acabar com os contratos individuais com os planos de saúde e optem pela forma de contrato coletivo, via cooperativas médicas.
Saiba
No Rio Grande do Norte, os planos de saúde resistem a cumprir os acordos firmados em 2007, em que a consulta deveria ter ficado no valor de R$ 38 e os procedimentos pela CBHPM com redutor de 15%. Em 2008, foi iniciada a campanha de reajuste para que a consulta fosse para R$ 42, sem sucesso junto a vários planos.