08/10/2007
08/10/2007
A portaria 2.488, que autoriza o reajuste médio de 30%, é válida tanto para procedimentos ambulatoriais quanto para aqueles que dependem da internação dos pacientes.
Reivindicação antiga dos secretários estaduais e municipais de Saúde, o reajuste abrange os mil procedimentos mais defasados da tabela. Ele só foi possível, graças ao descontigenciamento de R$ 2 bilhões para o Ministério da Saúde. O montante referente ao reajuste desses procedimentos será de R$ 1,2 bilhão. Um dos principais itens foi o aumento de 32,4% concedido à consulta médica. Alguns procedimentos tiveram o seu valor acrescido em 200%.
Segundo cálculos do Ministério da Saúde, o reajuste na tabela de procedimentos permitirá que na maioria dos casos, os médicos que atendem pacientes pelo SUS com jornada de trabalho de 20 horas semanais passem a receber salários que variam entre R$ 2.000 e R$ 2.400 mensais. A tabela do SUS acumulou entre 1994 e 2002 uma defasagem de 110%.
De acordo com o ministro Temporão, outras medidas que serão anunciadas em breve pelo governo dentro do chamado “PAC” da Saúde vão ser decisivas para reduzir a defasagem de valor dos procedimentos da tabela.
A Tabela de Procedimentos do SUS é um detalhamento de todos os serviços ambulatoriais e hospitalares contratados a prestadores privados e filantrópicos com o seu respectivo valor de pagamento pela União. O valor pode ser complementado por estados e municípios.
O governo também adotará medidas para simplificar e desburocratizar a tabela do SUS. A partir de janeiro do próximo ano, os oito mil procedimentos listados hoje serão reduzidos pela metade, para cerca de quatro mil. Segundo o ministro, a medida vai eliminar a duplicidade de procedimentos e otimizar o uso dos recursos do SUS.
Confira alguns dos reajustes:
– Diária de acompanhante teve reajuste de 202%, passando de R$ 2,65 para R$ 8,00
– As diárias para UTIs tiveram um aumento entre 60% e 70%, variando entre R$ 341,00 e R$ 363,00
– A diária para o acompanhante adulto subiu de R$ 2,65 para R$ 8,00
– O atendimento à insuficiência cardíaca foi reajustado em 10%, totalizando uma remuneração de R$ 635,00
– O valor do procedimento para parto normal passou de R$ 317 para R$ 403, representando uma aumento de 27%
– O custo de um procedimento para crise hipertensiva subiu de R$ 156,88 para R$ 172,27
– O Ecocardiografia passa a custar R$ 30,72, um reajuste de 50%
– O SUS pagará por uma ultra-sonografia obstétrica R$ 33,00, representando um aumento de 44,8%
– O pagamento por um eletrocardiograma subiu 60,94%, de R$ 3,2 para R$ 5,15
– A consulta médica teve um reajuste de 32,45%, passando de R$ 7,55 para R$ 10 (Um médico dá, em média, 3 a 4 consultas por hora trabalhada).
– O teste ergométrico passa a R$ 30, um aumento de 51,5%
As informações são da Agência Saúde