28/05/2012
28/05/2012
Na tarde desta segunda-feira (28/05) os servidores da saúde, em greve, se reuniram em frente ao Hospital Ruy Pereira para denunciar os problemas enfrentados na UTI improvisada instalada na unidade. Desde o dia 18 de maio a UTI do Hospital Giselda Trigueiro foi transferida às pressas para o Hospital Ruy Pereira depois que um curto circuito da rede elétrica danificou vários aparelhos como respiradores e monitores. As vidas foram salvas mas estão sendo submetidas a situações desumanas, tanto pacientes como funcionários.
O local onde foi instalada a “nova” UTI é apenas uma salinha onde os pacientes ficam ordenados em um quarto grande. Os pacientes do Giselda são especificamente portadores de doenças infecto-contagiosas, entretanto, o local não possui o isolamento necessário. Se um paciente com meningite, tuberculose ou varicela, chegar precisando de internamento simplesmente não poderá ser internado. E mesmo os casos que podem ser internados possuem um grau de infecção. O detalhe é que a UTI improvisada está ao lado da UTI do Ruy Pereira que recebe pacientes diabéticos para amputação, com imunidade baixíssima.
Os materiais esterilizados estão guardados em caixas em baixo da pia, colocando em risco de infecção. Falta lençol, capote, remédios e medicação. Geralmente um carro vai até o Hospital Giselda Trigueiro para buscar insumos, mas os funcionários ressaltam que nem sempre há gasolina suficiente para isso.
Os funcionários que precisam dar atenção contínua aos pacientes ficam ao lado das camas em colchões. Os demais vão para o descanso dos profissionais do Ruy Pereira que cederam suas instalações. Todavia, com o ato de boa vontade, estes profissionais acabaram perdendo seu local de descanso e estão em cadeiras no auditório. Tudo improvisado.
No dia 18 de maio, por volta das 16h, um curto circuito queimou vários aparelhos da UTI da unidade e pacientes foram transferidos às pressas. A solução encontrada foi levar os pacientes para estrutura montada no Hospital Ruy Pereira e que não havia sido inaugurada por falta de pessoal.
Problemas na rede elétrica do Giselda são frequentes e recentemente os profissionais enfrentaram um princípio de incêndio no local. Ainda não foi tomada qualquer providência para o retorno dos pacientes e funcionário ao prédio do Giselda Trigueiro.