Já imaginou chegar a um consultório médico com consulta marcada para as 17h e só ser atendido seis horas depois? Pois é, isso aconteceu com uma paciente em um consultório particular de Natal. Apesar de não querer se identificar, a paciente fez questão de registrar sua indignação com a situação.
Dentista de 23 anos, a jovem contou ter chegado ao consultório com certa antecedência justamente para não correr o risco de perder a consulta, que segundo ela se tratava de uma inspeção de rotina. O que parecia ser apenas uma passada rápida no consultório médico se transformou em uma cansativa espera de 6 horas.
A dentista diz que já fazia muito tempo que tentava marcar a consulta e que por isso não viu outra alternativa além de esperar. “Quando sai do consultório já passava das 23h e a única explicação que tive da secretária foi que o médico estava atendendo em outro hospital e que havia atrasado porque tinha que dar alta para alguns pacientes”, narrou.
Assim como a nossa personagem, muita gente tem vivido esse tipo de situação diariamente nos consultórios médicos da capital potiguar. No entanto, o que pouca gente sabe é que casos desse tipo podem ser denunciados ao órgão de defesa do consumidor, o Procon.
Denúncia
De acordo com Marcos Lima, presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), o ofício médico está subordinado às leis de proteção ao consumidor, por se tratar de um serviço prestado como qualquer outro.
Segundo ele, não existe uma resolução especifica no conselho de medicina que regule esse tipo de conduta, salvo nos casos em que o paciente venha a sofrer algum tipo de agravo no seu quadro de saúde, e que tenha sido comprovadamente causado pelo atraso ou eventual falta do médico à consulta.
“Nesses casos, o paciente poderá fazer uma denúncia direta no CRM, através da qual será aberta uma sindicância na corregedoria do conselho, que resolverá sobre a abertura de um possível processo contra aquele médico denunciado”, explicou.
No caso da dentista entrevistada pelo portalnoar.com não houve denúncia e ela diz que a sorte foi que na ocasião em que o fato aconteceu não tinha outro compromisso a cumprir. “Tive sorte porque não tive outro transtorno, além da própria espera, mas é um absurdo que situações como essa aconteçam”, desabafou ela.
