O Estado necessário – Artigo de Geraldo Ferreira publicado no Novo Jornal

01/02/2017

O Estado necessário – Artigo de Geraldo Ferreira publicado no Novo Jornal

01/02/2017

O Estado necessário – Artigo de Geraldo Ferreira publicado no Novo Jornal

O mundo moderno é formado por Estados-Nações, áreas geográficas com identidade, cultura e aspectos históricos próprios e uma política legítima, que constitui um governo soberano. O Estado é uma entidade política e geopolítica, a Nação é uma unidade étnica e cultural. Os Estados buscam garantir aos cidadãos segurança, liberdade, ordem, justiça e bem-estar. Para Daniel J. Mahoney,  Governos são instrumentos civilizatórios e visam melhorar a vida dos cidadãos. A falta de governo torna a vida sórdida, brutal e curta. Há duzentos anos Adam Smith definia ao soberano ou ao governo três obrigações: a proteção da sociedade contra a violência e a invasão de outros países, a proteção dos membros da sociedade contra a injustiça e a opressão, e terceiro cuidar de certas obras ou instituições públicas, que um pequeno número de indivíduos não teria interesse ou capacidade de manter. Um quarto dever do governo, citado por Milton Friedman, é o de proteger membros da comunidade que não podem ser considerados responsáveis, entre outros, crianças e incapazes. Em todas as sociedades há sempre insatisfação com a distribuição da renda. Dessa forma, a busca por igualdade ou diminuição das desigualdades faz com que a maior parte das atividades de governos, nos últimos tempos, sejam de mudar a distribuição da renda, através de leis, incentivos, taxas e impostos, de forma a produzir uma distribuição diferente do que a economia de mercado produz naquele instante, tornando-a mais equitativa. Para o governo se apresentam como alternativas Democracia e Liberdade, à direita, ou Comando e controle, à esquerda. Economia nos modelos Capitalista ou Socialista. O liberalismo nos costumes tem se associado à esquerda, e o Conservadorismo à direita, mas conservadorismo não é o oposto de liberalismo, antes o liberalismo, alicerçado na liberdade e na autonomia, é antítese ao socialismo. O Liberalismo conservador foca nos direitos dos homens, liberalismo constitucional, igualdade cívica e moral dos seres humanos e reconhecem a dependência da sociedade com hábitos, tradições, virtudes e heranças. Os Conservadores liberais defendem a liberdade contra todo despotismo, mas são críticos em relação ao iluminismo para justificar a liberdade moderna, rechaçam as ilusões da modernidade, autonomia, soberania individual ou coletiva, o relativismo indiscriminado e o culto ao progresso que desestabilizam a sociedade, minam a virtude, e tentam o homem moderno com ideologias utópicas que levam ao totalitarismo.

*Artigo de Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN, publicado no Novo Jornal, dia 01/02/2017.

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