Covid mira o interior. E agora?

Covid mira o interior. E agora?

Com a pandemia mostrando sinais de recuo na capital e centros maiores, a preocupação se volta para os municípios menores no interior do Estado. Mas, apesar de se temer a continuidade de taxas elevadas de infecção e óbitos, alguns fatores como a menor população, o melhor controle dos casos pelo conhecimento mais próximo das pessoas, a possibilidade de isolamento de casos e acompanhamento, além de implementação de medidas antes da circulação descontrolada do vírus pode fazer com que os resultados do ataque da pandemia aos municípios menores não tenha o mesmo impacto que nos grandes aglomerados urbanos.

O ponto fraco que pode complicar esses melhor resultado é a rede de saúde precária, a falta de equipamentos e profissionais, principalmente médicos, que por baixos salários, inexistência de contratos e condições de trabalho inadequadas são em número insuficiente e apesar de heroicamente darem cobertura a todas as suas ações, agora somadas aos pacientes com Covid-19, precisam de leitos, equipamentos, suporte de outros profissionais e vagas de Uti, quando necessário. Fizemos visita a alguns municípios como Canguaretama e João Câmara, e tivemos reunião ontem, dia 07 de julho, com os médicos de Extremoz.

Há problemas de várias natureza, respiradores inadequados, rx quebrado, falta de gasometria, dias em que a escala não tem médico, mesmo com 12 leitos de enfermaria e dois leitos intensivos com respiradores ocupados. A rede de saúde e a existência de profissionais serão decisivas para o combate ao ataque do vírus, ajudada pela experiência vivida nos centros maiores que preparou as pessoas para o distanciamento social, uso de álcool gel, uso de máscara e fez também os médicos solicitarem, e muitos prefeitos adotarem a distribuição profilática de medicamentos e o tratamento precoce para evitar os agravamentos.

Se as Unidades forem melhoradas com equipamentos, medicamentos e material de urgências, e as escalas de médicos estiverem completas, é quase certo que o vírus não deve atingir os interiores com os resultados nefastos que foram vistos nos grandes centros.

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