A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e a Confederação Nacional dos Médicos (CNM) publicaram, nesta quinta-feira (25), nota oficial sobre a manifestação Ocupa Brasília.

 

 

 

“As reformas trabalhistas e previdenciária, como estão postas precarizam o trabalho médico de forma inaceitável, praticamente liquidam com a carreira médica e impõem um regime de desproteção a quem trabalha.  

A ideia de que o fim do imposto sindical acaba com os sindicatos é irreal, na verdade como a lei fortalece o sindicato, fazendo com que o que for negociado em acordos trabalhistas tenha mais força que a lei, pode gerar uma proliferação de uma praga pior, que são os sindicatos pelegos, mantidos e atendendo interesses do empregador.  

Na previdência, como está colocado na reforma, talvez estejamos, nossa geração, vivendo os últimos momentos de, mesmo sem estar bom, ainda termos uma posentadoria razoável. Com a reforma, talvez até para o mínimo os médicos tenham dificuldade de receber. E ai das viúvas, que terão as pensões transformadas em pó.  

A Fenam não participou, nem defende a violência vista ontem na manifestação, e praticados por vândalos. Quanto a defender a carreira médica, direitos trabalhistas, concurso público e aposentadoria digna, isso é a razão da existência da Fenam. Claro que nas multidões haverá sempre a possibilidade de aproveitadores, e é claro que partidos se aproveitaram com suas bandeiras, mas o evento de ontem foi convocado pelo movimento sindical, teve a participação ordeira de sindicatos da polícia federal, civil, judiciário, saúde, médicos e todos que se preocupam com suas categorias. O mais foram excessos de vândalos que a polícia teve que conter”.

 

Brasíla, 25 de maio de 2017